007 - Risco Imediato

007 – RISCO IMEDIATO

007 – RISCO IMEDIATO

Timothy Dalton na sua primeira encarnação do agente 007 já tens rasgos de ruptura com o passado folião de Roger Moore, ainda temos algum humor mas é mais subtil. O agente tem uma queda por uma violoncelista que está enredada numa trama internacional por via de um dissidente soviético e um traficante de armas prestes a desencadear um conflito global. São os últimos sinais da guerra fria a surgirem nas narrativas de 007 em volta do poder e o isolamento do império soviético. Na galeria de brinquedos encontramos um Aston Martin todo-o-terreno (com uma cor medonha), um porta-chaves explosivo e um ghetto-blaster…«007 – Risco Imediato» já tem uma carga dramática e revela algum do negrume que está para vir em «007 Licença para Matar». É também mais bélico e menos exótico: a frieza de Praga dá lugar à poeira do Norte de África e das estepes afegãs. «007 – Risco Imediato» só tem mesmo o charme de John Rhys-Davies e o lado pop dos A-Ha que têm canção no genérico e um replicar da melodia ao longo do filme. É um título que perdeu qualidades com o tempo, falta-lhe a nostalgia de outros Bond´s.

Título original: The Living Daylights Realização: John Glen Elenco: Timothy Dalton, Maryam d’Abo, Jeroen Krabbé, Joe Don Baker, John Rhys-Davies, Art Malik, Andreas Wisniewski, Thomas Wheatley, Desmond Llewelyn, Robert Brown, Caroline Bliss, John Terry. Duração: 130 min. Reino Unido/EUA, 1987
Tema musical: “The Living Daylights” – letra e interpretação de A-ha, produção de John Barry

[Texto originalmente publicado na revista Metropolis nº2, Outubro 2012]