Metropolis 100

Dedicamos esta edição n.º100 à memória do meu melhor amigo, o Rui Brazuna.

A vida é complexa e surpreendente – no meu caso, está-me sempre a trocar as voltas. Nunca imaginei assinar o editorial número 100 da METROPOLIS e muito menos que, à beira de um momento tão feliz, seria esmagado por um acontecimento tão trágico. Foi um soco no estômago. Para várias pessoas desta equipa, e todos aqueles que gostavam do Rui, e são muitos, estes são dias de uma profunda dor. Mas, inevitavelmente, este é também o momento de celebrarmos a vida inigualável do Rui Brazuna. Pessoas como ele nunca morrem, a sua presença estará sempre connosco.

O Rui foi um dos fundadores desta revista. Ele estava ao meu lado a dois ou três dias do Natal de 2011, quando recebemos a notícia de que a Premiere ia fechar. Nessa mesma tarde lancei-lhe o desafio de criarmos uma revista digital. Seis meses depois, nascia a METROPOLIS.

O Rui, eu e o João Lopes fomos os primeiros editores desta revista. Mesmo aquando do seu hiato desta revista, a minha relação com o Rui manteve-se sólida como uma rocha. Tínhamos há muitos anos o ritual de nos sentarmos um ao lado do outro nos visionamentos de imprensa.

Neste último ano, o Rui regressou à revista e assinou sob o pseudónimo de Manuel C. Costa, oferecendo-nos o prazer da sua escrita. Mais recentemente, ele ajudou-nos a dar mais um salto com a METROPOLIS em inglês. Propus a ideia e o Rui deu-lhe asas ao rever e traduzir todo o número de estreia. A edição foi a nossa surpresa para a restante equipa. A edição internacional deixou de ser uma ideia abstrata e passou a ser mais um motivo de orgulho desta publicação, muito graças à sua força e amizade.

O legado do Rui Brazuna continuará a ser celebrado para sempre na METROPOLIS, nesse encontro entre a memória e contemporaneidade do cinema, da televisão aliada à cultura pop. A revista é um exemplo de pluralidade e representatividade. Alcançámos essas metas na presença de uma mão cheia de profissionais de excepção que se dedicam, na sua maioria, há décadas à área do cinema e das séries de televisão. A METROPOLIS existe graças à dedicação e ao talento comprovado de uma Equipa incansável. Sem esta Equipa a revista não teria razão de existir. O amor pelo cinema, a televisão e os jogos aproximaram-nos, mas é a amizade e a crença no valor da cultura que nos faz orgulhar de fazer uma revista independente e profissional, que almeja criar uma janela para obras que nos desafiam, abstraem e apresentam as realidades do nosso mundo. Estamos profundamente gratos a todos os leitores e todos aqueles que sempre acreditaram em nós e que dão forma a este sonho chamado METROPOLIS.

JORGE PINTO

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