«Hitman: Agente 47» foi um dos filmes de “acção” de topo de 2015, mas que passou algo despercebido muito por culpa do filme original de 2007. «Hitman» é inspirado num videojogo clássico que já teve várias encarnações nos últimos 15 anos. Este filme acerta em cheio na narrativa criando uma personagem (Katia) que serve de fio condutor para a história de origem do Agente 47, um assassino cerebral e impiedoso que é mortal e eficiente. A narrativa leva-nos da Europa à Ásia à boleia de Katia (Hannah Ware) que tenta encontrar o paradeiro do pai, um cientista responsável pela criação de 47 que vai auxiliar a jovem. A demanda atrai demasiadas atenções e Katia vai estar numa encruzilhada para descobrir a verdade sobre si. Rupert Friend encarna um homem eficaz e sem sentimentos sendo secundarizado desta forma pela personagem de Hannah Ware com as suas emoções à flor da pele, Zachary Quinto é o vilão de serviço, executa este exercício com uma perna atrás das costas. A história está bem conseguida e o restante fica para o domínio da acção e do thriller, neste campo entramos na atmosfera do videojogo com inventivos bailados de acção, perseguições alucinantes e tudo coreografado ao milímetro para impressionar o espectador. O filme respeita uma iconografia e um perfil trabalhado sendo exímio nesse diálogo. «Hitman: Agente 47» é para os fãs de acção pura e dura.

Título original: Hitman: Agent 47 Realização: Aleksander Bach Elenco: Rupert Friend, Hannah Ware, Zachary Quinto, Ciarán Hinds Duração: 96 min. EUA/Reino Unido/Alemanha/Canadá, 2015

[Texto originalmente publicado na Revista Metropolis nº39, Junho 2016]