A Max apresentou uma nova série do universo DC, desta feita uma animação. Os monstros abandonaram as páginas das comics e estão agora à solta no streaming, numa aposta com a assinatura de James Gunn.
Quando os seres humanos parecem não estar à altura do desafio, uma equipa de monstros pode ser a solução. Em «Creature Commandos», Rick Flag Sr. (voz de Frank Grillo) lidera uma equipa de inadaptados, composta por figuras como o Doutor Fósforo (Alan Tudyk), a Noiva de Frankenstein (Indira Varma), a Doninha (Sean Gunn), Nina Mazursky (Zoe Chao) e GI Robot (Sean Gunn). Apesar de partilhar algumas personagens com o Esquadrão Suicida, esta é uma história que procura ser diferente.
Desenvolvida à imagem do que o criador James Gunn habituou a audiência, a série carrega o seu toque característico: ação, comédia e temas sombrios. A premissa parte de uma equipa de “monstros”, que participa em missões arriscadas e procura inovar ligeiramente a abordagem, marcando um distanciamento das histórias tradicionais de super-heróis, ao colocar o foco em personagens moralmente ambíguas e marginalizadas.
A opção de trabalhar com personagens como Rick Flag Sr., a Noiva de Frankenstein e Fósforo permite explorar novas storylines e testar novas perspetivas, com vilões tradicionais a verem o seu status quo desafiado, enquanto assumem um papel inesperado. Sem inovar sobremaneira ou sem surpresas de maior, «Creature Commandos» cumpre aquilo que promete, adicionando camadas narrativas a um universo já de si bastante rico.
Apesar das qualidades da aposta, a série enfrenta riscos. O mercado de super-heróis está algo saturado, e o desafio maior passa por apresentar algo que consiga cativar tanto os fãs leais da DC como novos públicos. A integração no universo mais amplo da DC, embora interessante, pode limitar a liberdade narrativa e autossuficiente da série, ao ter de se focar excessivamente em construir pontes para outras produções.

