«The Idea of You» é uma estreia da Prime Video com Anne Hathaway («Os Miseráveis», «O casamento de Rachel») e Nicholas Galitzine («Corações Marcados», « Vermelho, Branco e Sangue Azul», «Mary & George»). O filme foi realizado por Michael Showalter («Amor de Improviso», « Os Olhos de Tammy Faye»).

Baseado na aclamada história de amor contemporânea com o mesmo nome, The Idea of You centra-se em Solène (Anne Hathaway), uma mãe solteira de 40 anos que inicia um romance inesperado com Hayes Campbell (Nicholas Galitzine), o vocalista da August Moon, a boys band mais famosa do planeta. Quando Solène tem de acompanhar a viagem da sua filha adolescente ao Festival de Música Coachella, depois de o seu ex se ter baldado à última da hora, ela tem um encontro casual com Hayes e sente uma faísca instantânea e inegável. Quando iniciam a ligação romântica não demora muito até que o estatuto de estrela de Hayes (a obsessão das redes sociais e os seus 24 anos de idade) coloque desafios inevitáveis na relação, Solène descobre rapidamente que a vida sob os holofotes pode ser mais do que ela estaria à espera…

O que parece mais uma típica comédia romântica apresenta-se com um belo e contemporâneo romance cinematográfico que aborda temas bem pertinentes. A METROPOLIS teve a oportunidade de entrevistar o promissor realizador e argumentista Michael Showalter. Aqui ficam os trechos de uma conversa muito rápida mas bem proveitosa entre Lisboa e Atlanta.

Como surgiu este projecto e o que atraiu para a cadeira de realizador?
Michael Showalter: A história era realmente intrigante para mim. Uma jovem estrela pop e uma mãe solteira que se apaixonam. Como fã de comédias românticas, esta parecia ser uma história que nunca tinha visto antes, mas parecia comercial e interessante e potencialmente sexy e aquilo de que as pessoas iriam realmente falar.

Como foi construir o argumento a partir do romance de Robinne Lee e o processo de escrita com Jennifer Westfeldt?
Michael Showalter: O livro da Robin é maravilhoso. É muito cativante. É um pouco mais dramático. Acho que queria tentar contar uma história que pudesse ser um pouco mais como uma comédia romântica. Mantendo as coisas do livro que sabíamos que os fãs adoravam, obviamente, a relação entre Hayes e Solène. Ao escrever este filme, era muito importante manter as coisas do livro que sabíamos que o público adorava, mas também acrescentar alguns elementos que pudessem alargar o nosso público e apresentar estas personagens e a incrível história de Robin a um público mais vasto.

Quando sentiu ao ler o guião pela primeira que este filme é muito mais do que a típica fórmula e transforma-se num grande romance e aborda temas reais?
Michael Showalter: Para mim, esse foi sempre o plano. Parte do que me atraiu no filme foi o facto de ter todos os elementos de uma típica, como diz, comédia romântica, grandes figurinos, actores sensuais, música, todas essas coisas. Mas também, em última análise, explora temas realmente interessantes e sofisticados sobre relações e sociedade e todas essas coisas diferentes. Foi isso que me chamou a atenção para o filme. Foi isso que me atraiu para o filme como uma história a contar.

A Anne Hatway é uma actriz fantástica e conseguimos perceber a sua plenitude de emoções na sua personagem. Como foi o processo de casting e a preparação para personagem?
Michael Showalter: Trabalhar num filme com um ator, com sorte, como diz, quando há todas estas coisas reais a acontecer, vamos todos juntos numa viagem a este mundo e a estas personagens. À medida que os dias e as semanas vão passando e à medida que vamos filmando a personagem, o filme, e vamos vivendo as experiências que ela vai tendo, muitas vezes as coisas vão-se aprofundando. Com a Anne, penso que a vimos aprofundar cada vez mais esta personagem à medida que as filmagens avançavam. O resultado é algo muito excecional.

O que o deixou mais orgulhoso neste filme? Que deu-lhe mais prazer de idealizar e ver a concretização em cena.
Michael Showalter: Para mim, muito do que estava em causa era o aspeto do filme, porque o filmámos em Atlanta, na Geórgia. Mas o filme passa-se em Los Angeles, e passa-se em toda a Europa. Mas nós estamos no sul de França. Estamos em Londres. Estamos em Paris. Estamos na cidade de Nova Iorque. Nunca estamos em Atlanta. Estamos em Coachella, no deserto. Por isso, acho que, para mim, foi uma questão de querer ter a certeza de que era assim. Estou muito feliz pelo facto de as pessoas não saberem. As pessoas vão ver o filme e vão ficar chocadas. Espera, não filmaste isso em Los Angeles? E são as pessoas que vivem em Los Angeles que se sentem assim. Isso diz-me que fizemos alguma coisa bem.

O que teve mais receio neste filme antes de pegar no projecto?
Michael Showalter: Adoro a profundidade da ligação entre as duas personagens e Quando o filme começa, parece uma comédia romântica… Como uma típica comédia romântica. Mas, mais ou menos a meio do filme, apercebemo-nos de que é muito mais do que isso. Esse foi sempre o meu objetivo, e ver isso quando Hayes e Solène se beijam pela primeira vez em casa dela, quando ela está a fazer-lhe as sandes, e ver a reação do público a isso e ver como estão investidos nas personagens nessa altura do filme é muito gratificante para mim.

Quando procuravam o actor para interpretar o personagem de Hayes quais foram os principais aspectos para esse casting?
Michael Showalter: Essa é uma óptima pergunta. E o Hayes, obviamente, precisa de ser sexy e charmoso. Ele precisa de se sentir como alguém que poderia ser uma grande estrela pop, por isso precisa de ter essa qualidade de estrela, mas também precisa de ser identificável, humilde e engraçado. E, por acaso, Nick é também um músico incrível. Ele canta sozinho no filme. Conhecemos muitos, muitos jovens actores maravilhosos e talentosos para este filme, mas Nick combinou todas essas qualidades.

Nicholas Galitzine canta neste filme, penso que ele não é um cantor mas faz um belo trabalho. A química entre Anne e Nicholas é instantânea mérito dos dois actores sentiram logo essa faísca no processo de casting?
Michael Showalter: Sim, nós sabíamos. Soubemos que quando o Nick chegou e se encontrou com a Anne e os dois fizeram cenas juntos e o Nick tocou uma música para nós, soubemos: ” É este o ator. Encontrámos o homem. Foi um momento muito emocionante para todos nós.