A 21 de fevereiro, o Videoclube Zero em Comportamento disponibiliza em exclusivo o filme de Renata Ferraz e Maria Roxo onde compartilham as suas experiências e as técnicas dos seus ofícios, o do trabalho sexual e o do cinema.

O Videoclube Zero em Comportamento junta à sua coleção dedicada ao Cinema no Feminino o filme de Maria Roxo e Renata Ferraz que conquistou o prémio do público no Queer Porto e o Prémio Eileen Maitland no Festival Ann Arbor no Michigan (EUA), o festival mais antigo e importante da América do Norte.

Maria Roxo nasceu em Moçambique, em Lourenço Marques, hoje Maputo, e viveu uma vida repleta de desafios e reviravoltas. Durante a sua juventude, entrou na faculdade de medicina, mas acabou por se ver envolvida em rebeldias políticas e, como castigo, foi encaminhada para a frente de batalha na guerra colonial. Foi lá que descobriu a morfina e, depois da Revolução dos Cravos, chegada a Lisboa, trouxe consigo uma adição que a levaria não só a pôr em prática os anos de ballet clássico em exímias danças de strip, mas também a mais de vinte anos como trabalhadora sexual.

Maria sempre soube que a sua história era digna de um filme e, em 2016, quando o seu caminho se cruzou com o de Renata, começou o início do processo de criação deste filme verdadeiramente único. Por sua vez, Renata Ferraz compartilha uma trajetória igualmente marcante. Vinda de São Paulo, formou-se no meio do caos da megalópole em Artes Cénicas e, durante vinte anos, trabalhou como atriz. Foram as violências que a cidade e a profissão lhe infligiram, misturadas com uma paixão pela imagem em movimento, que a fizeram fugir para Lisboa.

Do teatro, Renata herdou o prazer pela criação coletiva que a levou a querer fazer um filme a partir da realização partilhada com alguém que não pertencesse ao mundo do cinema ou a outras áreas artísticas. Quando conheceu Maria, soube que o seu projeto saíra do plano das ideias.

Construído a partir de uma colaboração única entre estas duas mulheres, esta obra cinematográfica considerada pelo jornal Expresso como “sagaz, ousado, estimulante” (Jorge Leitão Ramos), mergulha profundamente nas histórias pessoais das duas realizadoras enquanto compartilham não apenas as suas experiências, mas também as técnicas dos seus ofícios que foram moldando ao longo da vida: o trabalho sexual e o mundo do cinema. Neste cenário, tornam-se ambas realizadoras e personagens.

Um filme repleto de emoções e profundas reflexões que desafia as convenções e explora as fronteiras entre a realidade e a ficção num testemunho único da força e resiliência de duas mulheres que, apesar das adversidades, conseguem encontrar um maravilhoso espaço de partilha e criatividade.

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