Quando decidiu envolver-se num caso com um companheiro da sua congregação, Candy Montgomery estava longe de imaginar como ia terminar. A nova série da HBO Max, «Love & Death», é baseada em factos reais; e o primeiro episódio fica disponível amanhã, 27.

Membro participativo da First United Methodist Church of Lucas, e uma dona de casa aparentemente exemplar, Candy Montgomery já inspirou várias histórias, nomeadamente «Candy», protagonizada por Jessica Biel em 2022. Agora, é a vez de Elizabeth Olsen (Wanda Maximoff/Scarlet Witch) interpretar a mulher, cujo romance tórrido com um conhecido, Allan Gore (Jesse Plemons), terminou em tragédia, após o homicídio brutal da sua mulher, Betty (Lily Rabe), numa pequena localidade do Texas. A vida da comunidade sofre uma reviravolta estrondosa; e no final nada será como antes.

Love & Death

É Candy quem toma a iniciativa de propor um caso extraconjungal a Allan, aborrecida com a vida que leva com Pat (Patrick Fugit) e desejosa de uma aventura na sua rotina. Depois de ficar um pouco reticente, o homem aceita e, após delinear um conjunto de regras, a dupla decide avançar para o “delito”. Apesar de a atitude não corresponder nada às boas maneiras que prega, Candy não tem qualquer problema em confidenciar a sua vontade a Sherry Cleckler (Krysten Ritter) e à própria pastor da comunidade religiosa a que pertence, Jackie Ponder (Elizabeth Marvel), o que ajuda a estabelecer a sua personalidade e motivações.

«Love & Death» apresenta logo cedo ao que vai, com o sangue a denunciar a violência do crime, posiciona bem as suas personagens e dá-lhes complexidade, de forma a montar o esquema do conflito que se vai desenvolver. Nada que surpreenda ao sabermos que David E. Kelley (Ally McBeal, Big Little Lies) está por detrás da adaptação, com a realização a ter Lesli Linka Glatter em papel de destaque, na sequência de um trabalho muito bem conseguido em séries como Homeland e Mad Men.

A caminhada nos filmes Marvel, e na série «WandaVision», tem dado prova da capacidade interpretativa de Elizabeth Olsen, pelo que a sua prestação segura em «Love & Death» não surpreenderá muitos. Na simplicidade, a atriz desenvolve uma figura aparentemente normal, com laivos iniciais sádicos, que vão ganhando dimensão ao longo dos episódios até atingirem o seu clímax. O elenco é genericamente forte e competente, ajudando a criar uma dinâmica interessante e fluída, que deixa a audiência desejosa de saber o que acontece no episódio seguinte.

A história não é particularmente surpreendente nem traz nada de novo, seja por já ser relativamente conhecida (mais até do público americano), seja por repetir a lógica de muitas outras séries e adaptações com foco no true crime. Ainda assim, longe vai o tempo em que os profissionais envolvidos na nova série da HBO Max tinham algo a provar, pelo que há poucas dúvidas que, caso a premissa interesse, o espectador tem aqui a garantia de uma slot semanal reservada para ver «Love & Death».

https://www.youtube.com/watch?v=Z778sJGKB3E
ARTIGOS RELACIONADOS
THE SYMPATHYZER

Tendo como inspiração a obra com o mesmo nome de Viet Thanh Nguyen, que lhe valeu o Prémio Pulitzer, «The Ler +

QUIET ON SET: THE DARK SIDE OF KIDS TV

Dan Schneider passou do anonimato para o estatuto de superestrela graças ao trabalho que desenvolveu no Nickelodeon. No entanto, depois Ler +

The Regime
The Regime: Kate Winslet e a ditadura dos outros

Kate Winslet é a MVP na mais recente aposta da HBO Max, «The Regime». A série ilustra a tensa realidade Ler +

The Girls on the Bus – trailer

A série Max Original THE GIRLS ON THE BUS, da Warner Bros. Television, estreia com dois episódios no dia 14 Ler +

THE GILDED AGE

«The Gilded Age» é um melodrama de luxo, de inigualável opulência nas séries de televisão contemporâneas. É também um guilty Ler +

Please enable JavaScript in your browser to complete this form.

Vais receber informação sobre
futuros passatempos.