A história de «Citadel» tem continuidade num spin-off protagonizado por Matilda De Angelis («A Lei de Lidia Poët»). Depois da instituição secreta ficar em ruínas, será que pode ambicionar renascer das cinzas?
A Manticore está mais forte do que nunca, aparentemente, mas as suas fragilidades começam logo no interior. Com membros destacados em diferentes países, o grupo ultrassecreto tem perspetivas diferentes relativamente ao rumo que deve seguir, muito ainda por conta das atitudes tomadas relativamente à Citadel. A verdade é que a brutalidade do ataque não foi bem rececionada por todos, e as armas guardadas deixam algumas portas entreabertas.
Diana Cavalieri (Matilda De Angelis) é a chave deste spin-off. Estamos em 2030 e esta agente dupla – da Citadel, mas que trabalha para a Manticore – está mais dividida do que nunca. Além disso, os seus limites são perigosamente testados pelas suas decisões, e parece não haver qualquer “tampão” para as consequências das suas ações. Só que esta protagonista aparentemente racional esconde um lado emocional intenso, que vai sendo revelado ao público.
Ao mesmo tempo, Edo Zani (Lorenzo Cervasio) é o “príncipe herdeiro” de um dos líderes da Manticore, de Itália, mas parece não partilhar os ideais atuais da agência. Esta cisão aproxima o jovem de Diana, criando uma dupla improvável que irá testar todas as alianças e a própria sobrevivência do grupo. Por sua vez, a ligação à primeira temporada, protagonizada por Richard Madden e Priyanka Chopra Jonas, ajuda a aumentar a densidade da narrativa, tornando-a mais rica e complexa.
Haverá ainda um lado humano em Diana, que se possa sobrepor ao seu sentido de missão?
Esta continuação tem raízes italianas, enquanto «Citadel: Honey Bunny» é uma aposta indiana. Tal torna o universo da série ainda mais desenvolvido, criando diferentes storylines num contexto que já é conhecido do público. Com muita ação e um desenvolvimento assertivo das suas personagens, «Citadel: Diana» cumpre o que promete, sem grande aparato ou surpresas.