Já chegou às livrarias Alack Sinner (DEVIR | 168 pp | 22€), o segundo volume da coleção Angoulême (LINK coleção) dedicada à publicação de obras-primas da banda desenhada internacional. 

Aclamado no Festival de Angoulême, esta obra de Muñoz & Sampayo é uma poderosa reflexão sobre justiça, memória e identidade urbana. Vencedora do Grande Prémio no Festival de Angoulême, transcende o género policial para se tornar num retrato profundo das contradições sociais, políticas
e existenciais da contemporaneidade.

A HISTÓRIA
Alack Sinner acompanha um ex-polícia que, desiludido com o sistema, se torna detetive privado nas ruas de Nova Iorque.
Mas este não é um policial tradicional: Sinner não resolve mistérios — enfrenta-os. E fá-lo em confronto direto com temas como o racismo, a violência policial, a corrupção, as desigualdades sociais, a guerra, a alienação e o vazio das promessas da democracia americana.
Embora as histórias tenham sido criadas entre os anos 70 e 90, a atualidade dos seus temas é gritante. Em plena era pós-Trump, onde os discursos de ódio, o individualismo extremo e o populismo autoritário continuam a marcar a paisagem mediática e política, Alack Sinner ganha nova força. É um retrato de um
país partido — e de um homem que se recusa a fingir que não vê.
Um tempo em que a verdade é frequentemente distorcida, e os “heróis” reinventados como figuras de força bruta, sem compaixão. Sinner é o oposto disso: falha, hesita, questiona-se.
E é precisamente isso que o torna profundamente humano — e, hoje, urgente.

A ARTE
O traço inconfundível de José Muñoz — negro, denso, expressionista — aproxima-se do cinema noir e do jazz, criando atmosferas que são quase viscerais. Cada vinheta é carregada de tensão e silêncio. A narrativa é fragmentada, introspectiva, com ecos literários que desafiam o leitor e o convidam a mergulhar nas camadas da cidade e da consciência do protagonista.

SOBRE OS AUTORES
José Muñoz (Buenos Aires, 1942) é um dos nomes maiores da banda desenhada mundial. Iniciou-se com Alberto Breccia e construiu na Europa, ao lado de Carlos Sampayo, uma das parcerias mais sólidas e originais da nona arte. Recebeu o Grande Prémio de Angoulême em 2007 pela sua carreira. Juntos, os dois autores assinam obras que cruzam literatura, música e crítica social, sempre com um olhar comprometido com o tempo que vivem.

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