Na senda dos dramas românticos adolescentes do streaming, «Eu e os Rapazes da Família Walter» é uma narrativa leve e descontraída, ainda que parta de uma tragédia irreparável. Quando tudo parece correr bem na vida de Jackie Howard (Nikki Rodriguez), ela é arrancada da sua zona de conforto por um acidente brutal, que a atira para o desconhecido no Colorado. Lá, terá de viver com uma amiga da mãe e a sua família numerosa.

Um dos filões de sucesso da Netflix têm sido as séries juvenis, e «Eu e os Rapazes da Família Walter» não foge à regra. A série tem uma história muito simples e linear, mas com os ingredientes certos para uma maratona fácil. Jackie começa a viver com a família da melhor amiga da mãe, Katherine Walter (Sarah Rafferty), o marido George (Marc Blucas) e a sua extensa família, com destaque para os filhos Alex (Ashby Gentry) e Cole (Noah LaLonde).

Numa escola nova, com os típicos estereótipos escolares, Jackie tem bastante dificuldade em integrar-se, sobretudo devido à inveja provocada pela atenção do popular Cole. Naturalmente distante e quase antipático, Cole parece ter um carinho especial pela nova colega de casa, o que motiva o interesse de Jackie e o ódio de várias raparigas. Já Alex, totalmente diferente, depressa denuncia o seu encantamento.

Facilmente esquecível, «Eu e os Rapazes da Família Walter» cumpre os pressupostos a que se dispõe e, sem grandes artefactos, oferece uma trama à medida do que uma fatia do público tem consumido. E, por isso mesmo, será de esperar a contínua aposta em narrativas romantizadas juvenis, ao mesmo tempo que outras apostas mais elaboradas têm sido canceladas. A grande diferença em termos de custo parece ser uma das razões óbvias.

[Texto publicado originalmente na Revista Metropolis nº101, Inverno 2023]

https://www.youtube.com/watch?v=pHIXtOrHF80

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