Sendo um fã de ficção científica, não podia deixar de destacar o Bond mais aéreo (em todos os sentidos), que estreou em 1979 – dias antes de eu nascer. Ansioso por aproveitar a febre de Star Wars, o produtor Albert Broccoli decidiu lançar 007 para o espaço, com uma premissa épica: ao investigar o roubo de um vaivém espacial, o agente britânico descobre que o demente milionário Hugo Drax planeia contaminar a atmosfera terrestre com uma toxina mortal. Esta saga conheceu vários estilos ao longo dos anos: do thriller mediano ao realista, do family friendly ao sombrio. «007 – Aventura no Espaço» é o Bond que não se leva a sério. 33 anos depois continua ridículo, mas também cheio de pura diversão. Tem inúmeros locais exóticos, como selvas, rios, montanhas e templos maias (no Brasil?). E será um dos capítulos com mais gadgets. Para além disto tem Jaws (que diz uma frase); duas perseguições aquáticas; várias manobras de reentrada; missionário espacial; e uma Bond Girl chamada Holly Goodhead. Já não se fazem Bonds assim. Basílio Martins
Título original: Moonraker Realização: Lewis Gilbert Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale, Richard Kiel, Corinne Cléry, Bernard Lee, Desmond Llewelyn, Lois Maxwell, Toshirô Suga, Geoffrey Keen, Emily Bolton, Michael Marshall, Walter Gotell, Blanche Ravalec. Duração: 125 min. Reino Unido, 1979
Tema musical: “Moonraker” – interpretado por Shirley Bassey, letra de Hal David, orquestração de John Barry