Na Malásia, onde as identidades queer são criminalizadas e reprimidas, Faris e a sua banda punk, “Shh…Diam!” (que significa “cala-te!”), desafiam a cisheteronormatividade com a sua música. Um grito de euforia queer e de resistência contra o sistema.
Num país que criminaliza as identidades queer, esta banda punk desafia o discurso institucional opressor através da música como ato de rebeldia. Além disso, acompanha-se o percurso do vocalista principal, Faris, na aceitação da sua identidade como homem trans num país que não o reconhece.
Queer as Punk convida o público a entrar na vida dos membros da banda Faris, Yon e Yoyo, captando conversas francas durante um período de mudança no panorama político da Malásia. O filme explora temas como a autoexpressão, a transformação corporal, o amor, as expectativas parentais, a ansiedade e a participação política — tudo isto tendo como pano de fundo um país que nega os direitos das pessoas queer.
A democracia, sufocada por monopólios estatais sobre a religião, o desejo e a identidade, cria um ambiente asfixiante. Em plena realidade da chamada “migração cor-de-rosa”, em que muitos procuram espaços onde simplesmente possam existir, o cuidado colectivo e a camaradagem tornam-se linhas vitais de sobrevivência.
A pandemia de Covid-19 acrescenta uma nova camada de dificuldade, mas a banda persevera, usando a música e os concertos para desabafar, flertar e partilhar gargalhadas. Com o seu som audaz e energia contagiante, os Shh…Diam! farão com que te apeteça cantar com eles em poucos minutos.
Queer as Punk estreia, em exclusivo na Filmin, a 7 de novembro.

