O Porto/Post/Doc estreia-se na Filmin com uma extensão inédita da sua programação. Entre 1 e 21 de dezembro, o público terá acesso, pela primeira vez, a um conjunto de filmes que integraram a edição 2025 do festival, ampliando o alcance das obras e reforçando a missão de promover o cinema documental contemporâneo junto de novos públicos.
Uma oportunidade para quem não conseguiu ver alguns filmes do festival ou quiser rever algumas presença no mesmo. Entre os filmes acessíveis na Filmin, estarão obras que marcaram a edição de 2025.
Destaque para Pequena Síria, de Mădălina Roșca e Reem Karssli, documentário filmado ao longo de mais de 20 anos. Uma história íntima de três jovens sírios dilacerados pela guerra e o exílio, em busca de sobrevivência, justiça e sentido após a revolução.
A Argélia Deles, de Lina Soualem, a longa jornada de exílio de Aïcha e Mabrouk: um casal de imigrantes argelinos que vivem numa cidade medieval francesa há 60 anos e cujas vidas foram uma sucessão de separações e silêncio. Também da realizadora Lina Soualem, filha da atriz Hiam Abbass (Gaza, Meu Amor), Bye Bye Tibériade, um documentário íntimo que retrata as vidas de deslocação e exílio de quatro gerações de mulheres palestinianas.
Evidências, de Lee Anne Schmitt, um exame à influência do dinheiro obscuro na política dos EUA, conectando poder corporativo, movimentos de extrema-direita e ataques à autonomia corporal com crises sociais mais amplas.
Benjamin Muasya oferece uma ode à liberdade, à alegria e à intensidade cultivadas nas pistas de dança underground, e às pessoas que lutam para as preservar perante (o)pressões políticas, sociais e económicas com Movimento.
A Lei da Pedra, de Danae Elon, um filme sobre a Jerusalém contemporânea, mostrando como a arquitectura e o design reflectem o poder, a colonização e as formas de opressão da cultura da Palestina.
Do realizador Nicolás Pereda, Cobre é um thriller minimalista que, com muito poucos recursos, expõe o clima de violência e a exploração laboral no México.
A extensão inclui ainda uma seleção especial de curtas e médias, com menções a Zizi (Ou oração da jaca fabulosa), de Felipe M. Bragança, um documentário fabular que conta a história de Dona Zizi, a avó do realizador, e de um quintal que se torna palco das feridas coloniais e de uma árvore símbolo de uma eternidade impossível; Maria Henriqueta Esteve Aqui, de Nuno Pimentel, uma reencenação da visita de D. Pedro II ao Porto em 1872, evoca o fantasma de Maria Henriqueta, iniciando uma viagem entre memórias, sons e ecos ternos e Claridade, de Mariana Santana, um filme sensível sobre luz, presença e memória.
Para além desta programação inédita da edição 2025, o Canal Porto/Post/Doc na Filmin permite descobrir (ou rever) obras que marcaram edições anteriores do festival, como Águas do Pastaza, Amazing Grace, Jane Por Charlotte ou Ama-San, entre outras.
Entre 1 e 21 de dezembro, a Filmin convida o público a mergulhar no melhor do cinema documental contemporâneo no canal Porto/Post/Doc.

