A 13 de Setembro a Levoir e o Público editam a adaptação do romance de Olivier Guez, O Desaparecimento de Josef Mengele.
Matz e Jörg Mailliet, adaptaram de forma brilhante o romance que tinha dado a Guez o Prémio Renaudot em 2017. Adaptar um romance a uma banda desenhada é uma arte que poucos dominam, mas a dupla entrou nas palavras escritas pelo autor para extrair a essência: um Mengele no fim da sua corda, mas ainda monstruoso.
Quem é que não conhece o nome de Josef Mengele o Anjo da Morte de Auschwitz? O que poucos sabem é como é que ele conseguiu fugir à justiça durante 30 anos sem nunca o terem apanhado, como aconteceu com outros criminosos de guerra, como por exemplo Adolf Eichmann.
Em 1949 a Argentina era o Eldorado dos criminosos de guerra nazis. Em fuga, longe de perderem a arrogância e convencidos da grandeza dos seus feitos e da sua ideologia, acalentam um sonho. Regressar à Europa e fundar o Quarto Reich. Quando Mengele chegou à Argentina encontrou um país onde a vida era boa, o champanhe corria livremente, os bordéis floresciam em cada esquina e os antigos altos dignitários do regime fundado por Hitler não se poupavam a prazeres. A Argentina de Perón é benevolente e ali sentem-se seguros.
O mundo inteiro quer esquecer os crimes nazis. Mas a caça recomeça e Josef Mengele tem de fugir para o Paraguai e depois para o Brasil. As deambulações continuaram até à sua morte misteriosa numa praia, em 1979.