«Manhunt», em estreia na Filmin, relata a sórdida história de um assassino em série que aterrorizou o Reino Unido no início do século. A narrativa é baseada nas memórias do detetive Colin Sutton.
Com duas temporadas, «Manhunt» aborda dois dos casos mais mediáticos que estiveram sob a alçada do detetive Colin Sutton (Martin Clunes). Retratado na série, agora no catálogo da Filmin, como uma pessoa ponderada e racional, confiante nos seus instintos, Colin desafia as ideias preconcebidas e simplifica estratégias para resolver os casos que tem em mãos. Sem complicar, e confiante na eliminação de hipóteses, vai encontrando algumas pistas que o levam na direção do assassino de Amélie Delagrange (Kiera Bell).
Numa era onde as séries encontram os seus culpados com recurso a tecnologia de ponta e a truques modernos, Colin regressa às “origens” e à lógica para investigar um caso bastante marcante da história do Reino Unido. Em três episódios, na primeira temporada, o protagonista desbloqueia a investigação e, com decisões simples e incisivas, vai encontrando provas determinantes. Embora sem a mesma carga histórica e social em Portugal, «Manhunt» revela-se uma narrativa forte e humanizante, que aproxima a audiência da vertente analítica e de dedução.
Além do método de Colin, a série aborda também a pressão que influencia um caso sonante como este, bem como a urgência sentida por parte da população. O argumento privilegia, assim, a componente humana e, portanto, falível; tanto em termos do trabalho policial, como o “sintoma do herói” ou sede de protagonismo que pode funcionar como distração para a investigação central. Não obstante, algumas questões da sociedade comum revelam-se importantes para, simplificando, trazer ao de cima a capacidade analítica excecional de Colin.
A trama, que procura a autenticidade em detrimento do sensacionalismo, conta com realização de Marc Evans, adicionando ao elenco nomes como Stephen Wight, Claudie Blakley, Jay Taylor e Steffan Rhodri.