Jackpot! – entrevista

«Jackpot!» da Prime Video é uma comédia de Paul Feigh («A Melhor Despedida de Solteira», 2011) com um elenco com vários nomes sonantes como John Cena, Awkwafina e Simu Liu. A METROPOLIS esteve presente na conferência de imprensa de «Jackpot!» moderada por um dos actores do filme que conversou com o elenco e o realizador.

Este é um grande dia, chamo-me Murray Hill e interpreto o papel de Johnny Grand no novo filme que vai sair em agosto, chamado «Jackpot!». A Grande Lotaria foi recentemente estabelecida na Califórnia mas o problema é que para se ser vencedor é preciso sobreviver até ao pôr do sol para reclamar o seu jackpot de vários milhares de milhões de dólares. Quando Katie Kim, interpretada por Awkwafina, se muda para Los Angeles, dá por si, por engano, com o bilhete vencedor. Desesperada para sobreviver às hordas de caçadores do jackpot, ela junta-se relutantemente ao agente amador de proteção da lotaria, Noel Cassidy. É interpretado por John Cena, que fará tudo o que estiver ao seu alcance para Katie sobreviver até ao por do sol. No entanto, Noel tem de enfrentar o seu rival, Louis Lewis, interpretado por Simu Liu. que tentará cobrar a comissão de Katie a todo o custo… «Jackpot!» é dirigido pelo primeiro e único Paul Feig. O filme foi escrito por Rob Yescombe.

Paul, este filme é absolutamente louco. É extravagante. É a comédia de verão de que precisamos desesperadamente. O que é que te inspirou a fazer este filme? E há alguma coisa que este filme seja diferente de outros filmes?
Paul Feig: Bem, enviaram-me este guião. Chamava-se “Grand Theft Loto” quando o recebi. E pensei: “Parece-me tão estúpido. Não vou ler este guião e pô-lo em cima do meu arquivo. E só dias depois é que a minha parceira de produção, a grande Laura Fisher, telefonou e disse: “Devias ler este guião. É muito engraçado”. Peguei nele, li-o e cheguei às 40 páginas das 100 páginas e disse: “Tenho de fazer este filme. Para mim, era demasiado divertido. É o filme do Jackie Chan que eu sempre quis fazer. É uma comédia de ação. Adoro isso do meu filme, «Spy» [2015] e «Armadas e Perigosas» [2013]. Foi apenas uma oportunidade de fazer uma história muito divertida, disparatada, mas também emotiva, sobre alguém que se encontra numa situação difícil.

Awkwafina, qual foi a ideia que o Paul te deu para te fazer querer trabalhar neste filme?
Awkwafina: Bem, na verdade é o oposto, porque eu estava ligada ao filme e estávamos à procura de um realizador, e quando o Paul se interessou, fiquei muito contente porque, obviamente, sou uma grande fã de tudo o que ele fez desde «Freaks and Geeks – A Nova Geração» [2000], e também era amiga dele. Queríamos encontrar uma oportunidade para trabalharmos juntos.

Qual foi a primeira reunião criativa e a discussão que ambos tiveram sobre este filme?
Awkwafina: Ambos queríamos ter a certeza de que era real e fundamentado. É sempre perigoso quando se faz uma história sobre um ator, porque pode tornar-se muito difícil para o público investir no desejo de que um ator se torne famoso. Só queríamos ter a certeza de que era identificável, que os objectivos dela eram identificáveis, e acho que fizemos isso.

Johnny, este papel parece ser o ideal para si, tendo em conta o seu legado na WWE [wrestling] e os papéis de ator de comédia. Como é que foi para ti misturar comédia e ação neste papel?
John Cena: Isso é indicativo da minha vida. É só um monte de comédia e ação. Era apenas mais um dia no escritório.

E músculos…
John Cena: Não podia estar mais de acordo contigo. Acho que não há ninguém melhor do que eu para interpretar um agente amador de proteção pessoal.

Awkwafina, acontece que eu estava no local de filmagens em muitas das acrobacias muito físicas e exigentes que fizeste. O teu papel é muito físico. Podes falar sobre a preparação que tiveste para fazer todas estas acrobacias?
Awkwafina: Bem, foi o pontapé de saída para a minha jornada de fitness, de certeza. Vou dizer aquela sequência de abertura… Porque o Simu e eu estávamos num filme de ação [Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis], obviamente, um em que ele teve de treinar muito. Para esse, eu não treinei de todo. Mas para este filme, senti que era importante para mim trabalhar com a equipa, que era fantástica, e com a minha fantástica dupla, a Kiera. E também trabalhar com o John. Aprecio muito a forma como o John lida com as cenas de ação e se preocupa muito com a segurança. Senti-me muito segura quando estava a fazer cenas em grupo. Mas, sim, fui muito impulsionada na minha jornada de fitness.

Simu neste filme, fazes o papel de mau da fita. És o antagonista. Gostaste de fazer de mau da fita?
Simu Liu: Quer dizer, ele é um tipo mau ou é apenas um empresário muito competente? É um tipo muito ambicioso, com uma prática comercial sólida. Quando somos apresentados a Louis Lewis, ele é o chefe. Ele é tudo o que Noel, a personagem de John quer ser ou queria ser. Enquanto que o Noel é um vendedor de seguros amador, caçador de ambulâncias, um gigante que anda a correr atrás das pessoas, tipo, “contrata-me”. Louis Lewis tem o dinheiro e os recursos para alugar outdoors e tem grandes instalações e uma equipa inteira a trabalhar para ele. Se ganhasses a Grande Lotaria, quem escolherias para te proteger o Noel ou o Lewis?

Leia a entrevista integral na Revista Metropolis nº109, Agosto 2024