«Candy Cane Lane» é a grande desilusão deste Natal. O filme foi realizado por Reginald Hudlin, que assinou o excelente documentário «Sidney» (2022). Há largos anos que é um acontecimento a chegada de um filme de Eddie Murphy aos escaparates, mesmo após o sucesso e a aclamação de «Chamem-me Dolemite». As suas obras mais recentes deixam muito a desejar, casos de «O Príncipe volta a Nova Iorque» (2021) e «Esta Gente» (2023).
A narrativa de «Candy Cane Lane» mete os pés pelas mãos e combina uma maldição de Natal com a obsessão de Chris Carver (Eddie Murphy) pela época natalícia. O problema é a execução e nem mesmo a interessante adição da animação com a imagem real consegue salvar o dia. O humor é muito áspero, a vilã (Jillian Bell) desta história é uma Elfo psicopata e o tom nunca chega a ser uma aventura de Natal na linha de tantos filmes e contos que fizeram história nesta época do ano. O enredo não tem apelo nenhum e faltou química aos protagonistas. A família central no enredo é formatada, é disfuncional no pior sentido do termo e nem sequer tem piada. O mais estranho neste processo é que «Candy Cane Lane» é provavelmente das produções lançadas no final de 2023 com maior exposição mediática. Esta obra não está ao nível dos melhores filmes da carreira de Eddie Murphy e arrisca-se a ser processada pelo Pai Natal.
Título original: Candy Cane Lane Realização: Reginald Hudlin Elenco: Eddie Murphy, Tracee Ellis Ross, Jillian Bell, Thaddeus J. Mixson Duração: 117 min. EUA, 2023
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