A Savana e a Montanha é o retrato da comunidade de Covas do Barroso, no norte de Portugal, quando esta descobre que a empresa britânica Savannah Resources planeia construir a maior mina de lítio a céu aberto da Europa a poucos metros das suas casas. Diante dessa ameaça iminente, o Povo decide organizar-se para expulsar a empresa das suas terras.
Paulo Carneiro refere que “porque acredito no poder do cinema, e porque vivi de perto com estas populações, durante as gravações de Bostofrio, Où le Ciel Rejoint la Terre, senti que tinha de fazer alguma coisa. Em Covas do Barroso deparei-me com uma série de pessoas tristes e prostradas, e as gravações do filme A Savana e a Montanha vieram mudar essa postura, chegavam com ideias e com pulso firme, queriam mostrar ao mundo que estavam ali para lutar pelo seu povo e pelas suas terras. Fazer este filme sempre teve como objetivo trazer a discussão para cima da mesa e dar a conhecer a todas as pessoas o quão pujante é aquele lugar, que corre sérios riscos de desaparecer.”