Estreou no canal AMC Portugal o spin-off «The Walking Dead: Daryl Dixon», protagonizado pelo fan favorite Norman Reedus. Numa França pós-Apocalíptica, Daryl cruza-se com novas personagens e linhas narrativas, mas continua a ser perseguido pela morte iminente.

Já sabemos que a sorte até pode proteger os audazes, mas não as personagens do universo The Walking Dead. E é exatamente isso que origina boas histórias. A franquia continua em desenvolvimento, e Portugal recebeu em setembro, finalmente, a estreia de «The Walking Dead: Daryl Dixon», protagonizada por uma das personagens favoritas do público, Daryl Dixon (Norman Reedus). A ação tem lugar em França, com o protagonista à procura de respostas e de um caminho para casa.

As expetativas eram certamente altas, já que «The Walking Dead» se revelou uma das séries mais populares da última década, muito por culpa de Daryl. De poucas palavras, mas muita ação, Daryl nunca virou as costas a uma boa luta e, na sua jornada de herói incompreendido, foi fintando a morte e conquistando a audiência. Tal representa, naturalmente, uma exigência extra na trama criada por David Zabel, que corta com o passado e navega por novas águas.

Na luta pela sobrevivência, Daryl cruza-se com um conjunto de personagens que não hesitam em atirar para matar, mesmo humanos aparentemente inofensivos. Mas também a inusitada freira Isabelle (Clémence Poésy) e o menino promessa Laurent (Louis Puech Scigliuzzi), que pode esconder o segredo para o futuro da Humanidade. Em termos de cenário, o spin-off mantém o estilo sombrio e aposta forte nas cenas de ação com os mortos-vivos, sem nunca esquecer um lado mais emocional para o fator-choque.

Um dos aspetos interessantes em «The Walking Dead: Daryl Dixon» são os novos cenários, que diferem da série-mãe e permitem a ascensão de outro tipo de personagens, culturas e linhas narrativas. Por sua vez, também o mistério em torno da chegada de Daryl ao país ajuda a adensar o enredo e a manter a atenção do público. Ao mesmo tempo, a série apresenta uma continuidade, com o explorar do ser humano em circunstâncias de desespero e ameaça mortal – até onde serão capazes de ir? A empatia continua a testemunhar-se? Continua a fazer sentido?

Também será interessante perceber que personagens da série-mãe vão integrar este spin-off… Onde andará Carol (Melissa McBride)?

[Texto publicado originalmente na Revista Metropolis nº110, Setembro 2024]

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