Das páginas do livro de Frederick Forsyth para o cinema e agora para o streaming, «The Day of the Jackal» estreou em Portugal no SkyShowtime. Terá um dos assassinos mais letais da ficção encontrado rival à altura?
O misterioso “Jackal” é um assassino nas sombras, contratado para levar a cabo os assassínios mais exigentes. Se, na história original, o protagonista é contratado para matar o presidente francês Charles de Gaulle, na série da SkyShowtime a ação é transportada para a atualidade. Com novos recursos de comunicação e ataque, o “Jack”, agora interpretado por Eddie Redmayne, é cada vez mais difícil de apanhar.
A nova adaptação aposta muito no desenvolvimento das personagens, especialmente no assassino e nos agentes que tentam travá-lo, nomeadamente Bianca (Lashana Lynch). Com uma ação mais prolongada no tempo, «The Day of the Jackal» intensifica o suspense e a tensão em torno dos acontecimentos e da perseguição, acrescentando novas linhas narrativas e uma maior complexidade ao confronto.
Igualmente impiedoso e calculista nas suas missões, o “Jackal” apresenta, ainda assim, um lado mais próximo e algo pessoal, o que lhe acrescenta mais profundidade e contexto. Redmayne combina as qualidades de um homem aparentemente comum, mas com uma determinação implacável, o que torna o papel mais rico e complexo. Também o background das personagens secundárias, com foco nas motivações e emoções dos envolvidos, contribui para uma maior profundidade e consequência das suas ações.
A série mantém o suspense elevado, criando uma sensação constante de tensão. Em vez de se concentrar somente na ação, «The Day of the Jackal» investe na psicologia das personagens, resultando numa teia narrativa mais elaborada e densa, o que impacta diretamente o entendimento que a audiência terá da história. Todavia, o facto de a série ter mais tempo para desenvolver a história, leva a que perca um pouco da energia que caracteriza um thriller de espionagem mais compacto.