A Apple TV+ estreou, recentemente, a série «Palm Royale». Com um elenco repleto de nomes de peso, a trama conta a história de Maxine, uma mulher comum que ambiciona entrar no clube mais exclusivo do mundo.

Maxine (Kristen Wiig) é uma mulher comum e com uma vida banal, que guarda o sonho de integrar o grupo mais restrito de Palm Beach em 1969. A série é baseada no livro “Mr. & Mrs. American Pie”, de Juliet McDaniel, publicado em 2018.

Quando se infiltra no Palm Royale e é apanhada por Robert (Ricky Martin), Maxine parece condenada a não conseguir integrar a elite da cidade. No entanto, quando se depara com Dinah Donahue (Leslie Bibb) numa situação sensível, prepara uma armadilha à socialite e introduz-se no seu núcleo mais restrito, à boleia de alguma manipulação e jogos de bastidores.

Logo no arranque de «Palm Royale», temos o sinal de que esta história pode acabar muito mal. Todavia, o arranque auspicioso de Maxine, antecipa um período, embora curto, de sumptuosidade. A mulher consegue fingir a vida perfeita, na companhia de Douglas (Josh Lucas), mas há quem não se deixe enganar com tanto fogo de artifício. Mais perto do que nunca do seu sonho, a protagonista parece, de igual forma, progressivamente mais próxima do abismo.
O argumento é cativante, criando uma intrincada teia de intrigas e mistérios, onde nem todas as respostas parecem óbvias. Da comédia ao suspense, «Palm Royale» entrega uma série complexa, interessante e bem escrita e interpretada. Ainda que sem trazer nada de surpreendente em relação a outras séries do género, cumpre os pressupostos que apresenta inicialmente e resulta em bons momentos de diversão para a audiência.

É possível viver uma vida de luxo sem luxos? Até onde irá Maxine para convencer quem a rodeia de que pertence à alta sociedade? Que preço está disposta a pagar para manter essa mentira? Haverá verdadeiramente limites para o que ela, e outros personagens, são capazes de fazer? As perguntas multiplicam-se e atribuem novas camadas às protagonistas, para lá do estereótipo aparente.

Na linha de narrativas como «Why Women Kill», esta aposta foca um elenco forte de mulheres, onde se encontram – além das já mencionadas – nomes como Laura Dern, Allison Janney, Carol Burnett, Kaia Gerber e Mindy Cohn. Já o criador, Abe Sylvia, dispensa apresentações: esteve envolvido em projetos como «Os Olhos de Tammy Faye» (2021), «Dead to Me», «George & Tammy» e «The Affair».

https://www.youtube.com/watch?v=-mbE660duGQ

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