Uma mente movida pela mais vibrante criatividade, pela mais ilimitada fantasia e pela mais apaixonada animação sabe que Hayao Miyazaki jamais irá morrer. O Studio Ghibli jamais irá morrer. E o DVD jamais irá morrer. É por isso que estas generosas utopias se cruzaram para gerar a edição portuguesa em DVD da derradeira obra-prima do mestre japonês, “O rapaz e a garça” (2023) – o filme que fez com que Miyazaki, que completou em janeiro 84 anos, considerasse um hiato (que se prolongaria por mais de meia década!) na sua reforma, que havia anunciado depois do lançamento da sua anterior “longa metragem final”, o sublime “As asas do vento” (2013).
Vencedor em 2024 do Oscar de Melhor Longa Metragem de Animação, mas também do Globo de Ouro ou do Bafta na mesma categoria, entre diversos outros prémios, “O rapaz e a garça” encontra um pré-adolescente no momento em que descobre uma enigmática torre abandonada que o conduz a um universo habitado por uma garça-real falante e por diversas outras criaturas fantásticas (no duplo sentido…), para se debruçar de um modo abstrato, mágico, onírico e profundamente poético sobre o amadurecimento que se impõe perante os conflitos e as perdas da vida.
O DVD “O Rapaz e a Garça” (“Kimitachi wa dô ikiru ka”, no original) tem agora edição portuguesa garantida pela Outsider – que já havia lançado neste formato as restantes longas metragens do Studio Ghibli –, com venda exclusiva a partir de 31 de março na loja cultural online Estantarte (www.estantarte.net).
No mesmo site, ficam igualmente disponíveis todos os restantes DVDs portugueses do notável estúdio nipónico, incluindo filmes sublimes como “A colina das papoilas”, “A princesa Mononoke”, “A viagem de Chihiro”, “Memórias de ontem”, “O castelo andante”, “O túmulo dos pirilampos”, “Pom Poko”, “Ponyo à beira mar” ou “Totoro”, entre muitos outros.
O mercado do DVD continua bem vivo, mesmo que em Portugal as maiores distribuidoras lamentavelmente o tenham abandonado em favor dos interesses dos gigantes do streaming – e a edição desta obra-prima em formato físico será seguramente mais uma evidência de que o público fiel do formato existe, resiste e não desiste.

