A mais recente longa-metragem de Ico Costa, “O Ouro e o Mundo” estreia nas salas de cinema portuguesas no dia 28 de novembro.
Este filme de ficção, rodado inteiramente em Moçambique, recebeu a distinção máxima na competição nacional do IndieLisboa 2024, o Prémio para Melhor Longa-Metragem Portuguesa Max, e, posteriormente no FIDMarseille – International Film Festival recebeu os prémios da Fondation Vacances Bleues para novos talentos e uma menção honrosa do prémio École de la 2e Chance.
“O Ouro e o Mundo” acompanha um jovem casal e conta uma história como tantas outras em Moçambique, onde, devido à falta de oportunidades em muitas zonas do país, homens com vinte e poucos anos saem de casa por alguns meses ou vários anos para trabalhar.
“Cada vez que volto a Inhambane (Moçambique), há sempre alguns amigos que estão fora, a trabalhar nas fábricas em Joanesburgo, nas grandes plantações no sul, nas minas de ouro no norte ou em todo o tipo de empregos em a capital Maputo. Escrevi uma história baseada nisso e então, inevitavelmente, a realidade emergiu da ficção. As filmagens deveriam ter acontecido em 2020, mas devido à pandemia de COVID-19, tivemos que adiá-la constantemente. A certa altura percebi que a única maneira de filmar este filme seria com uma equipa pequena e equipamento mínimo. Com apenas 5 pessoas e uma câmara mini-DV (a que por acaso tínhamos) começámos a filmar as nossas personagens e, no final, descobrimos que era a maneira certa de fazer este filme.”, afirma Ico Costa.
Esta é a segunda longa-metragem de Ico Costa, que tem filmado maioritariamente em Moçambique, nomeadamente as curtas “Libhaketi” (2012), “Nyo Vweta Nafta” (2015), “Domy+Ailucha: Cenas Kets!” (2022) e “Balane 3”, documentário que está em pós-produção.
“O Ouro e o Mundo” é uma coprodução entre a francesa La Belle Affaire Productions e a Oublaum Filmes, fundada em 2019 por Ico Costa.