O realizador e co-argumetista Mateusz Rakowicz apresenta-se como um valor ao qual devemos ficar atentos. Ele continua a não desiludir após o sucesso de «O Mestre da Fuga», um filme caracterizado pela sua originalidade. A nova obra de Mateusz Rakowicz, «Dia da Mãe», foi o filme número um em língua não inglesa na semana de estreia na Netflix, um filme de acção com ritmos e stunts que não ficam atrás do melhor do que tem saído dos principais estúdios de Hollywwod, na linha de filmes como John Wick ou «Nobody» (2021). Nina (Agnieszka Grochowska) parece ser uma mulher pacata, mas quando incomodada ela vira uma autêntica máquina a empacotar escumalha como fardos de palha. Aos poucos descobrimos que Nina é uma ex-operacional de uma unidade especial, foi dada como morta, mas segue de perto o seu filho biológico que não sabe da sua existência. Quando o miúdo é raptado da sua família adoptiva, Nina atravessa tudo e todos para recuperar o seu rebento, expondo uma conspiração em que ela tem o papel central. As coreografias de luta são criativas (a sequência inicial é um aperitivo e o confronto na cozinha é memorável), misturando acrobacias, pancadaria, objectos inusitados como armas de arremesso e humor. A narrativa é natural e não contém produtos artificiais para encher chouriços. Ainda que previsível, não deixa de ser divertida. «Dia da Mãe» é mesmo um tratado de acção e diversão.

Título original: Dzien Matki Realização: Mateusz Rakowicz Elenco: Agnieszka Grochowska, Adrian Delikta, Dariusz Chojnacki Duração: min. Polónia, 2023

[Texto publicado originalmente na Revista Metropolis nº96, Agosto 2023]

https://www.youtube.com/watch?v=UL-zPs7wnP0
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