Em «Heart of Stone», Rachel Stone (Gal Gadot) é uma operativa de uma agência ultrassecreta. As acções são conduzidas pelo ímpeto de capturar uma identidade de inteligência artificial que pode ser um instrumento de domínio global ao cair nas mãos erradas. A heroína é cerebral face ao pragmatismo da máquina, o espírito de improviso e os instintos da agente Stone poderão fazer toda a diferença.
É um filme de acção e aventura que Gal Gadot carrega às suas costas. A execução e a realização deixam, contudo, a desejar. «Heart of Stone» é genérico, mas não isso não seria um impedimento para proporcionar bons momentos de entretenimento. A rodagem decorreu na Islândia, Portugal e Marrocos. E Lisboa nunca se viu uma perseguição tão espectacular com o máximo aproveitamento das sinuosas ruas da capital portuguesa em prol da acção. Infelizmente há várias sequências em que vemos claramente o ambiente CGI em torno dos personagens algo que não deveria acontecer numa produção com esta escala. O argumento está repleto de lugares comuns e fora do ritmo de Gal Gadot as restantes interações são estereotipadas, casos dos personagens de Jamie Dornan e Alia Bhatt. Gal Gadot está de regresso ao seu melhor em «Heart of Stone» mas o filme da Netflix é frio e com um sentimento déja vù.
Título original: Heart of Stone Realização: Tom Harper Elenco: Gal Gadot, Jamie Dornan, Alia Bhatt, Matthias Schweighöfer, Sophie Okonedo Duração: 122 min. EUA, 2023
[Texto publicado originalmente na Revista Metropolis nº98, Setembro 2023]
https://www.youtube.com/watch?v=XuDwndGaCFo