Para assinalar os 60 anos da irreverente e contestatária Mafalda, a Iguana reedita em Portugal todas as suas tiras numa nova edição prefaciada por Umberto Eco e com homenagens de personalidades internacionais e portuguesas do mundo das artes e do espetáculo. Toda a Mafalda conta ainda com diversa informação que ajuda a contextualizar a personagem e os acontecimentos históricos da época.
As comemorações continuam no festival Amadora BD que, entre 17 e 27 de outubro, apresenta uma exposição dedicada à Mafalda onde os leitores poderão entrar no universo no qual vive, pensa, protesta e se revolta – e que, apesar do tempo passado, continua atual.
«Mafalda é uma heroína do nosso tempo.» UMBERTO ECO
SINOPSE
Inconformada, única e inesquecível, a Mafalda é uma irreverente criança de seis anos dotada de uma personalidade forte e de uma mente inquisidora, com um olhar crítico sobre as complexidades e contradições do mundo em que vive e uma obstinação em não fechar os olhos — e a boca! Defensora dos direitos humanos, a Mafalda opõe-se sagazmente às guerras, injustiças e desigualdades. E, acima de tudo, luta por que se acabe com a sopa no mundo, e com a prepotência de quem a quer impor.
Toda a Mafalda é a edição completa que reúne todos os desenhos e tiras que Quino, o seu brilhante criador, fez da sua personagem mais querida. Com prefácio de Umberto Eco, que considera a Mafalda «a heroína do nosso tempo», esta edição inclui uma contextualização histórica das tiras, homenagens de personalidades internacionais e portuguesas do mundo das artes e do espetáculo, entre outros materiais inéditos, que nos mostram que, após sessenta anos, as observações ousadas e perspicazes da Mafalda continuam tão pertinentes como nunca.
O AUTOR
Quino, pseudónimo de Joaquín Salvador Lavado, foi um autor de banda desenhada, caricaturista e ilustrador argentino que nasceu em 1932 e que faleceu no dia 30 de setembro de 2020, com oitenta e oito anos.
Formou-se em Belas-Artes e trabalhou desde então como desenhador, mas só viu o seu trabalho devidamente reconhecido quando, de uma campanha publicitária malsucedida, nasceu Mafalda, a sua personagem mais emblemática. As tiras de Mafalda foram publicadas ao longo de dez anos em vários jornais argentinos, tendo alcançado um enorme sucesso em diversos países e sido traduzidas para inúmeras línguas. Quino foi distinguido várias vezes. Recebeu o Troféu Palma de Ouro do Salão Internacional de Humorismo de Bordighera, o Prémio B’nai B’rith Derechos Humanos e o Prémio Quevedos de Humor Gráfico (2001). Em 2014, ganhou o prestigiado Prémio Príncipe das Astúrias na categoria de Comunicação e Humanidades.