Adquirido pela distribuidora Cinema Guild, Fogo do Vento irá estrear nos cinemas dos Estados Unidos da América no Anthology Film Archives, em Nova Iorque, nesta sexta-feira, 31 de Outubro, com a presença de Marta Mateus. 

A estreia é acompanhada de um programa de filmes com a curadoria da cineasta. 

Beatrice Loayza escreve no New York Times:

Fogo do Vento é um elegante retrato da solidariedade, um olhar sobre trabalhadores intimamente unidos à terra que os sustenta.”

Richard Brody na revista New Yorker:

Fogo do Vento é uma estreia ousada e inspirada. A primeira longa-metragem da cineasta portuguesa Marta Mateus, com actores não profissionais em cenários naturais, explora e expande as tradições modernas do cinema político”.

Fogo do Vento, foi, segundo a revista norte-americana Film Stage

“uma das estreias mais impressionantes de 2024”.

Para além da estreia comercial em sala, Marta Mateus é convidada por diversas Cinematecas e Universidades americanas da Ivy League como a Harvard UniversityBrown UniversityYale University e Princeton University, assim como as Universidades de Chicago, Stanford e Berkeley.

O Harvard Film Archive dedica-lhe um ciclo intitulado 

“A Terra! The Cinema of Marta Mateus”

Marta Mateus programou igualmente um ciclo a convite do DocFilms em Chicago, onde os seus filmes serão apresentados por Jonathan Rosenbaum, um dos mais conceituados críticos americanos, com quem fará também uma conversa no Gene Siskel Center.

Seguem-se projecções no Acropolis Cinema em Los Angeles e em São Francisco, na Universidade de Stanford e Berkeley.

Haden Guest, director do Harvard Film Archive, escreve na sua nota de apresentação: 

“O cinema português há muito se distingue por uma aguda sensibilidade às tradições e texturas locais, uma tendência expressa pelo impulso documental inovador e poeticamente inflectido que molda a obra de cineastas tão diversos como Manoel de Oliveira, António Campos, Pedro Costa, António Reis e Margarida Cordeiro.

Com os seus dois filmes até à data, Marta Mateus reacende esta tradição com um elenco de não actores da região da sua cidade natal, Estremoz.

Farpões Baldios e Fogo do Vento dão voz lírica àqueles que vivem mais perto da terra, abrindo um espaço para registar e expandir criativamente o seu trabalho, memórias e sonhos. 

Por ocasião da sua visita ao Harvard Film Archive, Marta Mateus selecionou uma maravilhosa série de filmes emblemáticos de realizadores que, cada um à sua maneira, forjaram modos de cinema engajado, artistas com quem os seus filmes mantêm um diálogo próximo e vivo”.

Eis uma passagem do comunicado de imprensa da Cinema Guild:

“A estreia da cineasta portuguesa Marta Mateus é um encontro intenso entre a realidade documental e o mito. Na região do Alentejo, no sul de Portugal, de onde Mateus é natural, uma comunidade camponesa de vindimadores torna-se protagonista de um ritual de memória e rebelião a céu aberto.

As vinhas deram fruto e é tempo de vindima. Soraia, uma jovem rapariga, corta-se. O sangue mistura-se com o vinho. Um touro negro persegue-a.

No cimo das árvores, o tempo estende-se. Entre folhas e ramos, a comunidade abriga-se para partilhar o pão e o vinho, amores e desamores, memórias e sonhos, histórias de guerra e paz, as marcas da paisagem. Um filme fabuloso, rico em linguagem e gestos monumentais, Fogo do Vento anuncia uma voz rara no cinema contemporâneo, uma artista com um profundo compromisso político, imersa nas grandes tradições cinematográficas de Portugal, ao mesmo tempo que abre um caminho novo e singular para o futuro”

“Mateus é uma cineasta rara, cuja profunda sensibilidade para a forma, a linguagem, o gesto e a poesia são inseparáveis do seu compromisso político com a classe trabalhadora da sua região de natal”, afirmou Edward McCarry, da distribuidora Cinema Guild.

“A sua primeira longa-metragem anuncia uma nova e essencial visão no cinema contemporâneo. 

Sentimo-nos muito orgulhosos por lançá-la nas salas de cinema.”

Fogo do Vento foi seleccionado para os Festivais de Locarno, Nova Iorque, Londres BFI, Viennale, Tóquio, Jeonju, entre muitos outros, e foi premiado Festival de Gijón, em Espanha, no Avant-Garde Film Festival de Atenas, no Busto Arsizio Film Festival, em Itália e no Festival Caminhos do Cinema Português, onde recebeu o Prémio de Melhor Realização.

Fogo do Vento teve o apoio do Instituto do Cinema e Audiovisual, da RTP e da GDA, e foi produzido pela Clarão Companhia, em colaboração com Casa Azul Films, de Lausanne e Les Films d’Ici, de Paris.

Fogo do Vento estreia nas salas portuguesas no início de 2026.

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