O streaming Disney+ disponibiliza hoje, 16, uma série do National Geographic que diz, logo no nome, ao que vem. «Emoções da Terra» ilustra, sem diálogos ou efeitos exuberantes, alguns moods do Planeta Terra.
A experiência da audiência em «Emoções da Terra» é meditacional. A série embrenha o público na Natureza que vibra, pulsa, ecoa, de uma maneira muito própria. Mas também na urbe luminosa, com a população resumida a luzes que se acendem em apagam em dissonância, ou em casas que se empilham como um Lego. Numa altura com restrições a viagens, a minissérie de cinco episódios possibilita uma descoberta inesperada e, até agora, impensável para muitos.
O nível de detalhe da neve, a forma como encaixa nas montanhas ou se quebra, numa deslocação “enganadora”, à boleia da câmara, permite à audiência diversas perspetivas. É este o convite do primeiro episódio, “Frozen Calm”, que oferece meia hora de pura contemplação.
A textura do solo é tão nítida e definida que os desníveis da neve quase se assemelham a rugas, tal o detalhe. A banda sonora vai desenhando o ambiente, mas são os sons próprios da Natureza que constroem o clímax desta aventura sem personagens ou diálogos. «Emoções da Terra» não é um convite somente a seriólicos: é uma carta aberta a todos, sejam fãs de séries ou não.
Contrariando esta tranquilidade, o segundo episódio reflete sobre uma cidade à noite, e o ambiente é bem mais colorido também de seguida, com um episódio dedicado a um destino tropical. Um deserto e “padrões calmos” desenhados pela Natureza fecham «Emoções na Terra». Estados diferentes, não só naquilo que vemos, mas também no que ouvimos e na experiência que vivemos, ainda que sem sair do sofá.
Ao jeito de uma playlist do Spotify onde é possível escolher a música ideal consoante o nosso estado de espírito, «Emoções da Terra» oferece a mesma possibilidade. Escolha a “emoção” do planeta que mais se adequa ao seu dia e deixe-se conquistar por imagens de cortar a respiração.