Page 5 - Revista Metropolis nº120
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METROPOLIS
DIRECTOR A METROPOLIS Nº 120 já “saiu do forno”, pronta para acompanhar com um chá
Jorge Pinto gelado a contemplação de um qualquer pôr-do-sol numa das muitas praias da
nossa costa ou, simplesmente, enquanto se desfruta de um final de tarde aquecido
EDITOR numa planície alentejana ou no sopé de uma montanha a norte do país.
Tiago Alves Não interessa propriamente o lugar de onde acede às mais de 200 páginas desta
edição – plena de novidades, reflexões, sugestões e muitas conversas entre quem
EDITORA DE TELEVISÃO todos os dias fala e sente cinema –, desde que o faça com tempo e, sobretudo, com
Sara Quelhas disponibilidade mental e emocional.
Numa altura em que a humanidade atravessa uma fase tão polarizada, dispersa,
EQUIPA desacreditada e, tantas vezes, absurda, possamos nós focar-nos no essencial: na
Catarina Maia beleza das pequenas coisas, na abertura para aprender com o outro e, sobretudo,
Bernardo Sena na capacidade de gerar empatia para escutar e acolher o próximo.
Hugo Gomes O próprio cinema está a fazê-lo, e nesta edição abrimos a cortina sobre os bastidores
Inês N. Lourenço de filmes tão impactantes como «Sirât», «Ler Lolita em Teerão», «O Processo do
João Lopes Cão» ou «Lindo». Também o mundo das séries está em grande evidência, com
João Garção Borges personagens tão “humanizadas” como as de «The Bear«, com a visão sobre o amor
José Vieira Mendes de Wong Kar-Wai, na Xangai de 1990, em «Blossoms Shanghai», ou com Jéssica, de
Marco Oliveira «Too Much», que só quer ser feliz. No fundo, não queremos todos?
Nuno Antunes Destaque ainda para a “Mid Season Review”, com os filmes mais marcantes do
Nuno Vaz de Moura primeiro semestre, e para o ciclo dedicado a Mike Leigh, o realizador do realismo
Ricardo Andrade social que nunca teve receio de mostrar as emoções e a sociedade como ela é:
Rodrigo Fonseca caótica, contraditória e, por vezes, doce e terna.
Rui Pedro Tendinha Assistimos este ano a um cinema que regressa também à sua essência de
Sara Afonso entretenimento, mas igualmente de reflexão sobre a vida, a sociedade e a
Sérgio Alves vulnerabilidade humana. «F1», «Superman», ou até a comédia «Naked Gun»
Tatiana Henriques assumem as origens da sua categoria, sem subterfúgios, oferecendo à audiência
momentos de puro lazer e energia positiva, algo tão em extinção nos dias que
online correm.
Teófio Martins Permitam-me, nesta vibração de boa energia, um último apontamento sobre
edição internacional a equipa da METROPOLIS. Somos um conjunto de 22 pessoas – com muitos
Madalena Brito dos nomes mais sonantes e respeitados do jornalismo e da crítica de cinema em
capa Portugal – unidos por um objetivo comum: trazer, todos os meses, um olhar atento
Bruno Rasquinho à atualidade do cinema, piscando o olho ao passado e apostando sempre num
futuro brilhante desta arte que a todos nos junta e preenche, acredito eu, em
Cover Copyright muitas etapas das nossas vidas.
@2025 Paramount Pictures Em todas as edições, o esforço é muitas vezes hercúleo, a vulnerabilidade e a
impotência também nos afetam, mas há algo que nunca nos faltará: o respeito
JULHO 2025 - NÚMERO 120 pelos outros e o amor eterno pela sétima arte.
sara afonso
editor@cinemametropolis.com