Page 113 - Revista Metropolis nº118

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AS ESTAÇÕES DA VIDA ENTRE AMIGOS

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surgir com a nova namorada Ginny aparente, mas atravessa uma fase ciais e as dificuldades emocionais
(Erika Henningsen) durante uma muito delicada. Todas as persona- que surgem ao longo da tempora-
das “escapadinhas” sazonais. A ju- gens estão encaixadas num jogo de da, como a crise de meia-idade, o
ventude de Ginny funciona como forças instável, que a narrativa vai desgaste das relações e o descon-
um catalisador para as insegu- desequilibrando progressivamen- forto (e medo) do envelhecimento.
ranças acumuladas dos restantes, te. Não obstante, esse equilíbrio nem
numa presença que não é apenas sempre é atingido com sucesso; por
externa, mas profundamente sim- «The Four Seasons» procura esta- vezes, a tentativa de suavizar cenas
bólica. belecer uma mistura delicada en- mais intensas pode parecer força-
tre comédia e drama, onde o riso da, o que impede a série de explo-
A este núcleo juntam-se Anne surge como um alívio temporário rar completamente as complexida-
(Kerri Kenney), a ex-mulher de para temas que, muitas vezes, são des emocionais que estas situações
Nick, cuja amargura entra em con- bastante dolorosos. A série alterna exigem.
flito com uma tentativa genuína de entre momentos de descontração
manter a dignidade, e o casal for- e cenas de introspeção profunda, Por seu lado, a verdadeira força de
mado por Danny (Colman Domin- sem que um anule o outro. A leveza «The Four Seasons» está nas suas
go) e Claude (Marco Calvani), que do humor, muitas vezes sarcástico, relações interpessoais, que são
traz uma estabilidade emocional contrasta com os dilemas existen- complexas e multifacetadas. Ao

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