Numa altura marcada pela nostalgia, com a adaptação de velhos conhecidos do pequeno e grande ecrã, «The Equalizer» convenceu as massas nos Estados Unidos. Terá o mesmo impacto em Portugal? A estreia acontece hoje, às 22h10, no TVCine Action.
«The Equalizer» teve uma estreia de sonho nos Estados Unidos: ocupou a slot a seguir à popularíssima Super Bowl e conseguiu uma boa franja da audiência. Reboot de uma série dos anos 80, que teve sequência em dois filmes protagonizados por Denzel Washington, «The Equalizer» queria tentar agarrar os fãs deste universo e novos públicos, algo que parece ter cumprido no país de origem. Com uma segunda temporada já assegurada, a série encabeçada por Queen Latifah chega a Portugal no seu auge.

A ex-CIA Robyn McCall (Queen Latifah) não atravessa a melhor fase da carreira, desiludida com as forças de segurança e o sentido de justiça. No desemprego e à procura de rumo, Robyn tem ainda de lidar com a rebeldia da filha adolescente Delilah (Laya DeLeon Hayes); contando com a ajuda de Viola (Lorraine Toussaint). Nesta fase de transição da sua vida, a operacional depara-se com o caso de injustiça de Jewel (Lorna Courtney), pelo que é automaticamente instigada a ajudá-la. É então que encontra um novo sentido de missão: ajudar aqueles que mais precisam, mas que raramente têm acesso a esse apoio.
Para isso conta com um elenco, perdão, equipa de peso: William (Chris Noth), Harry (Adam Goldberg), Mel (Liza Lapira) e o detetive Marcus Dante (Tory Kittles) envolvem-se com Robyn nessa jornada e tentam levar, mais ou menos diretamente, as suas jornadas a bom porto. A narrativa é balanceada por cenas de ação competentes, que mantêm o ritmo a um bom nível e aliam em boa medida a história e a diversão. Sem ser particularmente inovadora, «The Equalizer» acaba por criar uma trama interessante e capaz de despertar (e manter) a atenção da audiência.
Mas isto não é sorte de principiante, muito pelo contrário. A série é uma criação do casal Andrew W. Marlowe e Terri Edda Miller, mais conhecido por «Castle», que teve um bom sucesso a nível internacional (e ainda hoje é emitida em loop); e surge depois de «Take Two», menos bem-sucedida – porventura por ser demasiado “colado” ao êxito anterior.