O Filmin tem disponível a série britânica «The Curse», que ilustra o roubo mais caricato e azarento que a televisão viu nos últimos anos. Baseado, ao de leve, em factos reais… por incrível que pareça.
Costuma dizer-se que em equipa vencedora não se mexe, e «The Curse» segue esse mesmo princípio. Parte do elenco da aposta «People Just Do Nothing» protagoniza a nova aposta disponível no Filmin, que retrata a vida de um conjunto de pessoas comuns, que arrisca tudo ao participar num roubo supostamente fácil e de pouco risco. No entanto, quando um deles encontra barras de ouro, o roubo torna-se um caso muito mais sério. A história é baseada num caso idêntico que aconteceu no Heathrow International Trading Estate, nos anos 80, altura a que também reporta a série.
Albert (Allan Mustafa) e Natasha (Emer Kenny) são um casal de classe média-baixa, que vive em constante sufoco na manutenção do café e da família. Quando o aparentemente inofensivo Sidney (Steve Stamp) sugere um roubo ao seu trabalho, os low life Albert, Mick (Tom Davis) e Phil (Hugo Chegwin) veem uma oportunidade rápida de fazer dinheiro, mas o caso torna-se mais complicado com o envolvimento dos criminosos Joey (Abraham Popoola) e Clive (Peter Ferdinando). Depois do ato, a pressão começa a deixá-los muito nervosos e a situação parece, cada vez mais, ter tudo para correr mal.
Natasha é a narradora de «The Curse», assumindo, simultaneamente, um papel de testemunha, agente e vítima de todo o contexto. A série viaja por diferentes espaços temporais, criando um ambiente vibrante dos anos 80, ao mesmo tempo que combina a comédia com muito drama e alguma ação, numa narrativa interessante e bem construída. Uma aposta de episódios curtos, bem ritmados e fácil de ver, e que já teve garantida a renovação para uma segunda temporada.
O argumento trabalha bem para o propósito a que a nova série do catálogo Filmin se propõe, com a interação entre núcleos e personagens a funcionar de maneira equilibrada. A falta de jeito de todos os intervenientes faz uma caricatura da história, tornando este crime um tema leve e descontraído.