«Sleeping Dogs – A Teia» marcou a estreia na realização de Adam Cooper que foi presenteado com um elenco liderado por Russell Crowe que incluiu Karen Gillan, Marton Csokas e Tommy Flanagan.
Roy Freeman (Russell Crowe) é um ex-detective da polícia que está a fazer um tratamento experimental para combater o seu Alzheimer. Ao mesmo tempo que tenta ficar à tona de uma vida normal, Roy é confrontado com a possibilidade de salvar um homem do corredor da morte de um caso que investigou quando estava no activo. O espectador depara-se com uma investigação protagonizada por alguém que luta constantemente com a sua memória. Aliado a esse facto – onde tudo pode acontecer na mente de Roy – entramos numa trama que é bem mais complexa numa encruzilhada cheia de nuances que nos enredam num policial bem elaborado. A trama e a memória de Roy são um autêntico puzzle.
O enredo de «Sleeping Dogs – A Teia» vai desbastando as camadas da investigação de Roy e apresentando as várias histórias de todos os envolvidos, um estudante, uma assistente, um zelador, o suspeito no corredor da morte e os detectives. Mesmo que tenhamos aquela sensação que somos nós os detectives o filme faz-nos andar aos zigue-zagues para descortinarmos o mistério.
O destaque em termos de performances vai para Russell Crowe que tem presença no filme (e não estamos a falar apenas do peso a mais). Ele interpreta a aflição do ex-detective ao mesmo tempo que vai descortinando um crime que é uma teia de enganos e um reavivar de uma memória que possivelmente deveria ficar esquecida para sempre. Karen Gillan é a femme fatale deste filme, a actriz escocesa tem uma performance que lhe permite deixar um rasto de incerteza neste sólido thriller.
Título Original: Sleeping Dogs Realização: Adam Cooper Elenco: Russell Crowe, Karen Gillan, Marton Csokas, Tommy Flanagan Duração: 110 minutos Austrália/EUA, 2023
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