«Sing Street» é uma injeção de boa disposição! A proposta é assinada pelo irlandês John Carney («Once» e «Num Outro Tom»). Sendo a música o ponto de partida, a força do colectivo – com personagens para todos os gostos –, a história de rituais de crescimento, amizade e o romance numa época austera, são o prato forte de um filme que enche as medidas e faz eco em muitos espectadores. A narrativa é fértil nas observações que faz da realidade económica, social e cultural da Irlanda nos anos 1980. O enredo aborda com humor e drama ligeiro as deambulações de um colorido grupo de teenagers em Dublin no início dos anos 80 que decide formar uma banda à sombra dos grupos que dominam o airplay e trazem grandes memórias ao espectador. A música invade os sentidos, seja através de temas intemporais, ou das letras escritas pelos jovens que refletem os estados de alma. O romance é o outro fio condutor, a dupla de protagonistas tem uma química perfeita, o jovem Conor (Ferdia Walsh-Peelo) e Raphina (Lucy Boynton), uma rapariga ligeiramente mais velha mas bastante mais sofisticada, despertam os sonhos para sair de um país pobre e conquistarem o mundo, a começar pela Inglaterra, e para isso têm de enfrentar o impossível e de lidar com os seus próprios medos. Vale a pena descobrir o triunfo de «Sing Street».
Título Original: Sing Street Realização: John Carney Atores: Ferdia Walsh-Peelo, Aidan Gillen, Maria Doyle Kennedy Duração: 106 min País: Irlanda/Reino Unido Ano: 2016
https://youtu.be/3VX4a–IBWI