Alan Tudyk tem o papel principal em «Resident Alien», uma série onde interpreta um extraterrestre que se faz passar por humano. O Syfy Portugal emite os primeiros dois episódios segunda-feira a partir das 22h15.
A missão de um alien é alterada, contra a sua vontade, quando um acidente o deixa desamparado no planeta Terra. Ainda totalmente desorientado, invade a casa de um médico pacato, que acaba por matar. Como resultado, faz-se passar por ele, isolado na sua cabana, ao mesmo tempo que aprende a falar a língua terráquea (no caso, inglês) através da televisão. Mas será isso o suficiente para se adaptar na perfeição a Patience (Colorado)? É isso que vamos descobrir a partir de segunda-feira, 15, em «Resident Alien».
A calma (aparente) instalada na vida terrestre do alien Harry (Alan Tudyk) acaba. Tudo quando o médico da localidade morre de forma suspeita e ele é, supostamente, o único doutor a menos de três horas de distância, sendo incumbido de ajudar a resolver o possível crime. O problema é evidente para o espectador, já que o verdadeiro clínico paira algures sem vida e o novo apenas aprendeu “truques” em séries. A comédia é desde logo garantida, portanto, pela sua falta de skills profissionais… e sociais.
«Resident Alien» aposta na comédia física e num veterano nestas andanças, Tudyk, para criar um drama bastante leve e, ao mesmo tempo, repleto de mistério. A narrativa sobrenatural é, naturalmente, um componente muito importante, mas, ainda assim, as personagens secundárias veem-se fortalecidas com storylines próprias e bem definidas. É o caso, por exemplo, de Asta Twelvetrees (Sara Tomko), que se torna o braço-direito de Harry na clínica e na adaptação à vida social de Patience.
A comédia beneficia também do duo de agentes trapalhões, Corey Reynolds (Terminal de Aeroporto, The Closer) e Elizabeth Bowen (Fargo), e do mayor ingénuo Levi Fiehler.
Com um assassino à solta e alguém com o alien debaixo de olho, está lançado o mistério ideal para quem gosta de séries que não se levam demasiado a sério. «Resident Alien» brinca com os maneirismos a que a televisão mainstream nos habituou, desconstruindo o drama de forma inteligente, ainda que pouco elaborada. No fundo, a série resulta num drama engraçado que tem a capacidade, além disso, de recorrer a uma estrutura sólida para que até a premissa mais bizarra nos faça sentido.
Trata-se de uma criação de Chris Sheridan, um dos produtores de «Family Guy».