A grandiosidade das cenas de batalha… a dinâmica da montagem… a vibração dos rostos… as cores das tintagens… alguns incríveis movimentos de câmara… Realizado há quase 100 anos (foi lançado em abril de 1927), o “Napoleão” de Abel Gance era um filme “imperfeito”: destruído o negativo, circulava apenas em cópias deficientes ou em versões dramaticamente incompletas.
Agora, Cannes Classics deu a ver o restauro deste verdadeiro monumento da história do cinema: foi apresentada a 1ª parte (que dura “apenas” 3h 40m), mas o filme está, finalmente, recuperado na sua duração total, desejada por Gance (7 horas!).
Em França, vai poder ser visto em cine-concertos, depois nas salas, na France Télévisions e, por fim, na Netflix (que também financiou o complexo processo de restauro) — será que Portugal também entra nesta agenda?
João Lopes