Para onde quer que se olhe em «Não Olhem para Cima», algo é certo: muito provavelmente vai encontrar alguém muito conhecido. E quando falamos em muito conhecido, falamos na nata de Hollywood, num conjunto de elenco que nos faz arregalar os olhos, começando logo pelo par de protagonistas: Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence. Ambos vencedores de Óscar – ele por «The Revenant: O Renascido» (2015) e ela por «Guia para um Final Feliz» (2012) -, com carreiras repletas de sucessos e legiões de fãs por todo o mundo. É uma dupla que promete e chegaria, só por si, para encher qualquer cartaz de um filme.
Mas a lista de intérpretes continua com Meryl Streep, Cate Blanchett, Timothée Chalamet, Jonah Hill, Mark Rylance, Ariana Grande, Himesh Patel ou Matthew Perry, um dos protagonistas de «Friends», que já não participava num filme desde «17 Anos, Outra Vez!» (2009). Todos estarão juntos numa história da qual ainda pouco se sabe, apenas que se trata de uma comédia e que envolve um asteroide que arrisca destruir a Terra.
Mas sabemos também que «Não Olhem para Cima» tem argumento e realização a cargo de Adam McKay, aumentando, ainda mais, o potencial para esta obra. McKay foi responsável por sucessos recentes como «A Queda de Wall Street» (2015) ou «Vice» (2018), ambos com foco em temas socioeconómicos atuais. Tal como acontece com «Não Olhem para Cima», que, desta vez, irá debruçar-se sobre as alterações climáticas. McKay revela que “é um filme de catástrofe no qual as pessoas não acreditam necessariamente que a catástrofe está para acontecer”, obrigando os personagens principais a tentar alertar o mais rapidamente possível a população mundial. É isto que faz com que McKay descreva o filme como sendo uma comédia negra.
O cineasta revelou, ainda, que o filme começou como uma alegoria sobre as alterações climáticas, mas a Covid-19 acabou por causar também algumas mudanças: “a pandemia trouxe à tona o verdadeiro significado do filme, que é a forma como comunicamos uns com os outros. Já nem sequer podemos falar um com o outro. Nem sequer podemos concordar. Portanto, é sobre as alterações climáticas, mas, na sua base, é sobre o que a Internet, os telemóveis e o mundo moderno têm feito à forma como comunicamos”.