Metropolis 93

Metropolis 93

Numa era em que somos bombardeados com tudo o que de mau é exposto diariamente no mundo, ao final do dia, o que nos pode salvar? Regressarei sempre à palavra mais elástica, cliché, variável e muitas vezes mal entendida e subvertida por manifestações mais desequilibradas: o amor.

Na dose certa, o amor salva vidas, o amor amplia a criatividade, o amor une o impensável mas que estava predestinado a ser, o amor cura e o amor dá vida. O amor pode ser o espelho de duas almas, pode ser a luz quando a sombra nos invade e escava um buraco, e pode ser a energia quando simplesmente tudo à volta parece estar desligado.

O cinema é um dos maiores, e melhores, palcos do amor. O amor divertido («Amor, Estúpido e Louco»), o amor romântico («O Diário da Nossa Paixão»), o amor intenso («Titanic»), o amor momentâneo («Stars at Noon – Paixão Misteriosa»), o amor intemporal («Outlander»), o amor clássico («Casablanca»), o amor obsessivo («Uma Paixão Simples»), o amor criativo («Daisy Jones & The Six»), o amor adolescente («A Todos os Rapazes que Amei»), o amor de fantasia («A Bela e o Monstro»), o amor literário («Romeu e Julieta»), o amor musical («Across the Universe»), o amor impossível («As Pontes de Madison County»), o amor de época («Orgulho e Preconceito»), o amor entre amigos («Um Amor Inevitável»), o amor entre-vidas («A Cidade dos Anjos»), o amor corajoso («Com Amor, Simon), o amor pouco evidente («O Amor é um Lugar Estranho), o amor dançante («Dança Comigo»), o amor tóxico («Dormindo com o Inimigo»), o amor fatal («Atração Fatal»), ou simplesmente o amor de uma amizade tão profunda que revitaliza até os corações apagados («E.T – O Extraterrestre»).

A lista é interminável e demasiado subjetiva para ser universal, mas de uma coisa não é possível duvidar: o cinema já explorou o amor dos mais diversos ângulos, sendo esta mesma arte o grande amor de tantas e tantas pessoas, sejam eles atores, realizadores, espectadores, produtores, fotógrafos, músicos, managers, stylists, editores ou todos os que escrevem nesta revista, que se alimenta de admiração e de respeito por todos os que trabalham nesta indústria. Sem um elevado nível de esforço e dedicação, e o maior dos afetos pelo cinema, a METROPOLIS não existiria. Valha-nos sempre o amor pelo cinema e o grande coração de todos os que nela colaboram, para que a sétima arte encontre sempre nesta revista a sua casa e os seus maiores admiradores.

SARA AFONSO

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