ACERTOS NO REINO DO RATO MICKEY
O mundo do entretenimento sofreu em Novembro de 2022 um abalo sísmico provocado pelas mudanças inesperadas no rumo da Disney. As consequências dos maus resultados financeiros levaram o conselho de administração do colosso global a despedir Bob Chapek. O ex-director executivo tinha sido escolhido a dedo para suceder a Bob Iger, que regressou ao seu anterior cargo num mandato de dois anos para encontrar um rumo seguro e um futuro CEO. Bob Chapek veio da área dos parques temáticos da companhia. Segundo rezam as crónicas, era pouco amistoso com o filão criativo da Disney. Dirigiu a companhia durante a pandemia Covid-19 e aproveitou para fazer crescer a Disney+, mas não se livrou das controvérsias com Scarlett Johansson e o Estado da Flórida. Por seu lado, o recém-renomeado chefe executivo, Bob Iger, foi o responsável pelo crescimento da Disney no século XXI com a absorção de verdadeiras máquinas de criatividade como a Marvel e a Lucasfilms, cada uma delas adquirida por 4 mil milhões de dólares e o mesmo aconteceu com a Pixar por 7,4 mil milhões de dólares. Em 2019 a companhia ultrapassou os 10 mil milhões de dólares nas bilheteiras globais. Foram negócios multimilionários que, em perspectiva, foram pechinchas que permitiram à Disney um extraordinário filão de conteúdos. Em 2019 também ocorreu a aquisição gigantesca da FOX por 71,3 mil milhões. Bob Iger esteve na Disney como director executivo de 2005 a 2020. Quando entrou no cargo, a companhia valia 55 mil milhões de dólares. Aquando da sua saída, em 2020, a Disney valia 260 mil milhões de dólares. Bob Iger é reconhecido pela sua visão focada na criatividade e no talento. Afirmou na sua primeira declaração à companhia o foco nas marcas, os franchises, a excelência criativa e as histórias audazes, relembrando o apreço deste ideal pelo público. Em muitos casos podiam ser palavras vãs, mas o seu passado à frente da Disney indicam que o reino vai ser colocado em ordem. Temos sentido na METROPOLIS esse desgaste nas produções Disney: a Marvel com flops e desilusões nas animações. Acreditamos que estas mudanças na direçcão executiva da companhia possam devolver à Disney novamente o sinónimo de entretenimento garantido.