O VERÃO E A RENTRÉE
Setembro chega com uma realidade ainda bem atípica nas salas de cinema. A oferta e procura da exibição e distribuição de filmes ressentiu-se durante os meses de verão, sobretudo nos Estados Unidos ou em países com taxas de vacinação baixas, devido ao número crescente de casos da variante Delta que provocaram um aumento do desconforto e da sensação de desconfiança. A tradicional rentrée cultural também dá sinais ténues da retoma em sala, com uma programação menos estimulante e diversa do que é habitual.
Ainda assim, em Portugal, os cinemas receberam, em julho, 588 492 espectadores, um aumento face ao período homólogo de 2020, mas também face a junho, tratando-se do melhor mês desde o começo da pandemia de covid-19, de acordo com os dados de bilheteira do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).
«007: Sem Tempo Para Morrer», o 25º capítulo da série James Bond, cuja estreia foi sendo adiada no decorrer desta pandemia, é um filme decisivo para atrair os espectadores e surge em destaque nesta edição #79 da revista METROPOLIS.
A lotação das salas já aumentou e a programação tenderá a ser mais diversa no próximo outono. É necessário esperar por uma rentrée tardia mas que de certa forma também sucedeu no Festival de Cannes em julho
passado. Muitos dos filmes que foram exibidos em estreia mundial irão ter distribuição nos próximos meses. O balanço que fazemos de Cannes, escolhendo duas dezenas de títulos mais marcantes, é uma espécie
de rentrée da METROPOLIS. O que é bom está para vir já a seguir. Saúde e bons filmes
TIAGO ALVES