Os nutricionistas costumam receitar alimentos ricos em Omega 3 pela evidência dos efeitos da substância na proteção do organismo, o que gera uma corrida por frutos do mar, como peixes, cuja a carne é um depósito vivo dessa química do Bem. Litros de Omega 3 são derramados ao longo de «Meg 2: O Regresso do Tubarão Gigante», sequela do enorme sucesso e recordista das bilheterias em 2018 que marcou a parceria de empresas audiovisuais da China com a Warner Bros.
Para assegurar a sinergia entre a tecnologia cinematográfica chinesa e Hollywood, foi necessária a presença de um astro da porção B do grande cinema, capaz de atrair plateias sobretudo nas zonas mais povoadas do globo. A escolha perfeita para isso: o inglês Jason Statham. Num mundo em que todas as semanas sai um novo “Sharknado”, a melhor forma de se potencializar o subgénero do thriller “filme de tubarão” é mostrar Jason Statham a enfiar pontapés na mandíbula de um tubarão CG.
Para dar algum charme à “parte dois” da franquia, foi escolhido um diretor de prestígio – Ben Wheatley, de «Free Fire» – que imprime requinte à condução dos planos.
Poço de carisma, nos moldes do jovem Bruce Willis, Statham retorna ao papel do duplo de Jacques Cousteau Trent, um piloto de submarino e máquina de luta que vai tentar deter uma gigantesca fera subaquática. As lutas dele contra o bicho são hilariantes, mas combinam adrenalina com o Omega 3.
Título Original: Meg 2: The Trench Realização: Ben Wheatley Elenco: Jason Statham, Jing Wu, Shuya Sophia Cai Duração: 116 min. EUA/China, 2023
[Texto publicado originalmente na Revista Metropolis nº97, Verão 2023]
https://www.youtube.com/watch?v=dG91B3hHyY4