«Manifest» regressa para uma terceira temporada, dia 2, na HBO Portugal. As novas descobertas feitas em Cuba trazem ainda mais perguntas para os passageiros do 828. Descubra o que a Metropolis tem a dizer sobre os primeiros episódios.
Ainda sem desfecho à vista para o mistério que tem agarrado os espectadores ao ecrã desde 2018, «Manifest» continua a desvendar novas respostas e possibilidades. Depois do cliffhanger no final da segunda temporada, Ben Stone (Josh Dallas) viaja até Havana, em Cuba, para tentar descobrir o que se encontrava no fundo do mar. A revelação de uma parte danificada do 828, que aterrou inteiro cinco anos depois de levantar voo, deixa as personagens ainda mais confusas.

Entre problemas legais e familiares, os protagonistas de «Manifest» voltam à ação a toda a força e, apesar das vistas paradisíacas, o regresso está longe de ser de sonho. Há novas personagens envolvidas e, com elas, novos e complexos dilemas, que nem sempre têm uma solução rápida e eficaz. Por sua vez, a normalidade possível é construída sobre alicerces muito frágeis, pelo que também descamba com relativa facilidade.
Não sabemos para onde a ação nos leva, mas seguimos com ela. Michaela (Melissa Roxburgh), Zeke (Matt Long) e Cal (Jack Messina) mostram uma sintonia mais intensa do que nunca, enquanto Saanvi (Parveen Kaur) e Grace (Athena Karkanis) lidam com fragilidades e assuntos por resolver. Além do tema central, as personagens são envolvidas em storylines secundárias complexas e interessantes, que abraçam novos universos e, ao mesmo tempo, mantêm e reforçam o interesse do espectador nessas mesmas personagens.
As provas que se vão sucedendo atiçam ainda mais a curiosidade e as teorias da audiência. Estarão os viajantes todos mortos e mergulhados numa ilusão? Ressuscitaram, assim como o avião, depois de efetivamente morrerem? Estamos perante o cruzamento de realidades diferentes, uma onde eles sobreviveram e outra onde morreram? Os ocupantes viajaram no tempo, mas não se recordam das experiências que tiveram nesses cinco anos? Tudo é possível e, à medida que sabemos mais sobre a trama, as respostas continuam a não ser determinantes.
É no equilíbrio entre o que mostra e o que esconde que «Manifest» encontra a sua força. Assim o criador Jeff Rake tenha a capacidade de entregar o resultado ao espectador na medida certa, o interesse não vai sair frustrado pela não conclusão (imediata) do mistério.
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