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SIDSE BABETT KNUDSEN
AS IMAGENS DE SAUL BASS
OPINIÃO
JOÃO LOPES
Não sou militante das a sua estreia no mercado americano ocorreu a 6
efemérides cinematográficas. de setembro de 1974. O que é um bom pretexto
Bombardear o leitor com para lembrarmos que Saul Bass foi um dos mais
evocações de datas mais ou geniais criadores de imagens em toda a história
menos “redondas” não me de Hollywood. Ganhou um Óscar de melhor curta C
parece a via mais interessante documental com «Why Man Creates» (1968), M
para acedermos aos factos, uma reflexão ágil e divertida sobre a criatividade
contrastes e contradições da(s) humana, utilizando também desenhos animados. Y
história(s) dos filmes. Seja como for, há referências E foi, muito em particular, responsável por CM
que arrastam memórias muito ricas, formas de alguns espantosos genéricos de filmes que, MY
um passado que nos ajudam a perceber que, para entretanto, adquiriram o estatuto de clássicos. CY
lá dos “autores”, o cinema sempre existiu através CMY
de personalidades e contributos muito variados. Por exemplo: as espirais dos títulos de «Vertigo» K
(1958), a geometria labiríntica da abertura
«Phase IV», por exemplo. Será que o leitor conhece de «Intriga Internacional» (1959), as linhas
esse insólito título de ficção científica em que cortantes que abrem «Psico» (1960) — todos
uma estirpe de formigas do deserto ameaça a de Alfred Hitchcock, todos com genéricos
sobrevivência da raça humana? É provável que concebidos por Saul Bass. Ou «O Homem
não, e por uma razão muito básica: esta realização do Braço de Ouro» (1955), uma de várias
de Saul Bass (1920-1996), a sua única longa- colaborações com Otto Preminger. Ou ainda
metragem, embora com chancela de um grande as letras aceleradas de «Tudo Bons Rapazes»
estúdio de Hollywood (Paramount), nunca foi (1990), início do seu trabalho para Martin
acarinhada pelos agentes do mercado, incluindo Scorsese, culminando na exuberância de cores DEPOIS DE ‘O CULPADO’
as novas plataformas de streaming. É pena, até e explosões do genérico de «Casino» (1995).
porque «Phase IV» possui o fascínio artesanal
de uma tradicional produção de Série B, de fazer O marketing nunca foi estranho às dinâmicas do
inveja a muitas aventuras contemporâneas em cinema, nomeadamente nos EUA. O certo é que
que a proliferação de efeitos especiais gratuitos a obra de Saul Bass reflecte um universo em que
vai a par da ausência de ideias criativas. a criatividade era a regra de todos os domínios,
incluindo, justamente, o marketing — hoje é a
Acontece que «Phase IV» está a fazer 50 anos — excepção. SONS
UM FILME DE GUSTAV MÖLLER
3 OUTUBRO NO CINEMA
SEBASTIAN BULL DAR SALIM MARINA BOURAS OLAF JOHANNESSEN
NORDISK FILM PRODUCTION APRESENTA UM FILME DE GUSTAV MÖLLER ‘SONS‘ SIDSE BABETT KNUDSEN SEBASTIAN BULL DAR SALIM MARINA BOURAS OLAF JOHANNESSEN JACOB LOHMANN
FOTOGRAFIA JASPER J. SPANNING, DFF PRODUÇÃO ARTÍSTICA KRISTINA KOVACS GUARDA-ROUPA VIBE KNOBLAUCH HEDEDAM MAQUILHAGEM KAMILLA BJERGLIND MONTAGEM RASMUS STENSGAARD MADSEN SOUND DESIGN OSKAR SKRIVER E HANS CHRISTIAN ARNT TORP
COMPOSITOR JON EKSTRAND PRODUÇÃO CAROLINE REICHHARDT PÓS-PRODUÇÃO SIGNE BAASCH CO-PRODUTORA EVA ÅKERGREN PRODUTOR ASSOCIADO THOMAS HEINESEN PRODUTORES EXECUTIVOS HENRIK ZEIN, CALLE MARTHIN, KATRINE VOGELSANG
ARGUMENTO DE GUSTAV MÖLLER E EMIL NYGAARD ALBERTSEN PRODUTORA LINA FLINT REALIZADOR GUSTAV MÖLLER PRODUZIDO POR NORDISK FILM PRODUCTION COM O APOIO DE DANISH FILM INSTITUTE, SWEDISH FILM INSTITUTE, NORDISK FILM & TV FOND
6 METROPOLIS MêS 2022 EM CO-PRODUÇÃO COM NORDISK FILM SVERIGE AB EM COLABORAÇÃO COM LES FILMS DU LOSANGE, DR E SVT DISTRIBUIÇÃO & VENDAS INTERNACIONAIS LES FILMS DU LOSANGE
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