Page 3 - Revista Metropolis 110
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METROPOLIS
DIRECTOR O verão cinematográfico veio equilibrar novamente o entusiasmo de exibidores
Jorge Pinto e distribuidores a nível mundial. A época estival foi retumbante com os sucessos
de box-office de «Bad Boys: Tudo ou Nada», «Um Lugar Silencioso: Dia Um», «Gru
EDITOR - O Maldisposto 4», «Tornados», «Divertida-Mente 2» e «Deadpool & Wolverine».
Tiago Alves Mas a grande surpresa do verão foi «Isto Acaba Aqui», que tem sido um sleeper
hit em Portugal e nos Estados Unidos, num daqueles casos onde se prova que
EDITORA DE TELEVISÃO o passar a palavra ainda funciona. Prevaleceu a velha máxima de que, havendo
Sara Quelhas filmes apetecíveis, os espectadores não faltam à chamada. Houve alguns flops
em Portugal que também nos fazem refletir sobre o desinvestimento em meios
REDACÇÃO que ajudem a vitalizar e preservar esse entusiamo do público pela cultura
Catarina Maia cinematográfica. O afastamento do público resultará, inevitavelmente, numa
Nuno Antunes perda de identidade cinéfila, a perda da noção do legado da 7ª Arte. O cinema
Tatiana Henriques é a nossa matéria-prima e quanto mais forte for essa brand mais possibilidades
Sérgio Alves são geradas para todos. Cada vez mais se olha para cada filme como um caso
isolado e não se explora na força global de um sector e de um hábito: ir ao
COLABORADORES cinema, amar o cinema no seu todo. Que fique claro que nem todos pensam
Bernardo Sena assim, havendo aqueles que acreditam nessa ideia e apoiam quem defende
Hugo Gomes esse desígnio, a METROPOLIS trabalha para ser um exemplo disso mesmo.
Inês N. Lourenço
João Lopes A finalizar, queria aproveitar este espaço para deixar uma nota pessoal de
João Garção Borges agradecimento aos médicos e enfermeiros que me salvaram a vida na madrugada
Marco Oliveira de 17 de Agosto. Uma cólica renal levou-me de urgência ao Hospital de São
Nuno Vaz de Moura Francisco Xavier (a meio de um Benfica-Casa Pia), onde fui prontamente auxiliado.
Ricardo Andrade Num dos exames para detetar a causa do meu mal-estar – e por ignorância minha
Rodrigo Fonseca – sofri um choque anafilático num TAC por contraste. Só me lembro do blackout,
Rui Pedro Tendinha o meu coração deixou de bater e tive de ser reanimado, mais tarde contaram-me
Sara Afonso que tive de ser injetado com adrenalina, mas não foi tão exuberante quanto a
Uma Thurman a ser injetada pelo John Travolta em «Pulp Fiction». Acordei várias
ONLINE horas depois. Ficou-me na retina a dedicação e a preocupação dos profissionais
Teófilo Martins em torno do meu bem-estar ao longo desse domingo. É raríssimo ir a hospitais,
recuperei em tempo recorde e saí inspirado com a dedicação e o carinho destes
DESIGN profissionais por mim e pelos pacientes que estavam na sala de observações. É
Maria João Barcelos muito triste que estes profissionais (médicos, enfermeiros e auxiliares) que são a
nossa última linha de defesa entre a vida e a morte tenham de passar por tantos
constrangimentos e não tenham todas as condições e mais profissionais ao seu
lado para desenvolverem o seu trabalho e fazerem mais e melhor por todos nós.
SETEMBRO 2024 - NÚMERO 110 Fica aqui o meu sincero obrigado a todos que me ajudaram no Hospital de São
Francisco Xavier, especialmente ao Dr. João e à enfermeira Maria João.
editor@cinemametropolis.com JORGE PINTO
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