Omar Sy, um dos atores franceses mais badalados dos últimos anos, interpreta o ladrão protagonista de «Lupin», a nova aposta da Netflix. A Metropolis teve acesso antecipado aos primeiros episódios da série, feita à medida dos fãs de filmes e livros de mistério.

Há um novo ladrão a chegar ao streaming: o carismático e versátil Assane Diop, que traz Omar Sy para o pequeno ecrã. «Lupin» recupera a vibe das obras de mistério, concretamente os ditos livros policiais e outras séries com o mesmo espírito, para criar uma narrativa simples mas entusiasmante. No total, a história de Assane e companhia conta-se em 10 episódios, os cinco primeiros lançados no dia 8, na Netflix Portugal.

Lupin

Assane é, aparentemente, um mero empregado de limpeza no Museu do Louvre, em Paris. Depois, é um pouco de tudo: um pai nem sempre dedicado, um homem endividado e um ladrão criativo. As peças, que inicialmente parecem dispersas, vão enquadrando a ação de «Lupin» e percebemos, desde cedo, que a série é mais complexa do que aparenta. E está longe de focar apenas um roubo, como acontece, por exemplo, em «La Casa de Papel».

Ainda que comece por enquadrar um assalto ao Louvre, com o objetivo de roubar uma peça em leilão, «Lupin» rapidamente se afasta para seguir outro rumo. Não porque este seja um momento passageiro, mas antes porque está ligado a um mistério bem mais profundo e distante. A 25 anos de distância, mais concretamente. No meio disto, qual o papel de Assane no passado que ainda desconhecemos? E, sobretudo, de que forma o que vai descobrindo afeta o seu presente imediato?

Mas, e se uma história sobre roubo e truques, até engraçados, se revelar subitamente uma história de vingança? De que lado vai estar a justiça?

Lupin

A inspiração de Assane é Arsène Lupin, criado originalmente por Maurice Leblanc, e concretamente a obra Ladrão de Casaca, publicado em 1907. Os truques e artimanhas da narrativa encontram, também por esse motivo, traços das histórias de outras décadas, por vezes mais “trapalhonas” e com golpes elaborados. A história revela-se como um puzzle, com o espectador a ser surpreendido frequentemente por truques e twists.

Apesar de não apresentar uma narrativa particularmente inovadora, «Lupin» convence também por isso. É igualmente uma homenagem aos filmes e séries dos anos 60-80, que entusiasmavam a audiência perante a mestria e criatividade do seu protagonista. Omar Sy é um “ladrão de casaca” que rouba a nossa atenção a cada cena, com uma interpretação cativante, bem conseguida e até bem-disposta. Um estilo a que já nos habituou.

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