Mais de 20 anos depois regressamos a Jumanji e a um dos universos que marcaram a geração que cresceu nos anos 1990. Com novas personagens e uma história refrescada, «Jumanji: Bem vindos à Selva» (2017) leva-nos ao coração das selvas onde dominam os predadores e os homens são meros jogadores dum jogo muito perigoso. Conversámos com alguns dos protagonistas do filme como Dwayne Johnson, Kevin Hart, Jack Black e Karen Gillian.

Pode explicar-nos o que é «Jumanji: Bem vindos à Selva» (2017)?
Dwayne Johnson: Bem, não é um remake, é uma continuação passada 20 a 25 anos depois do primeiro. Quando estávamos a trabalhar no argumento baseámo-nos sempre, em termos criativos, nesta ideia: vamos pensar que isto é um jogo que precisa de ser jogado. E o reverso disso é que sabe que precisa de ser jogado. Tal como a evolução e a humanidade e os dinossauros., encontrará sempre uma forma do jogo continuar e ser jogado.

E o Jack Black faz de miúda?
Dwayne Johnson :Tive sempre o Jack na cabeça enquanto lia o argumento e funcionou. Ele já estava familiarizado com o filme mas não com a ideia de fazer de adolescente. Não existe ninguém melhor. Ele arrasa! É brilhante e eu estava empolgado cada dia da rodagem para vê-lo personificar uma rapariga de 16 anos. É um tipo mais maduro e de bem com a sua imagem, é mundialmente famoso e uma estrela gigante do cinema atual e para ele, ter arrancado a composição desta personagem impressionou-me.


Quiseram homenagear o primeiro filme com pistas e referências escondidas da aventura inicial de 1995?
Kevin Hart: O legado deixado por Robin Williams era extraordinário, por isso quando fizemos o filme quisemos assegurar que estávamos a prestar um serviço, e deixamos pequenas pistas e piscadelas de olho sempre que pudemos. Havia uma coisa que tínhamos programado, que só se conseguia ver dum certo ângulo. Por isso quando olhávamos para isso de maneiras distintas, o rosto de Robin Williams aparecia. Por isso ele esteve connosco em cada um dos takes. Depois havia a casa na árvore, o hipopótamo; havia uma série de referências do tempo em que Robin fez «Jumanji» (1995)
A forma como as personagens estão construídas para se adequarem aos atores é perfeita …

Jack Black: Sim, é verdade! Podemos acreditar no Dwayne Johnson a fazer de Smoulder Bravestone. A personagem (jovem) no filme é um cromo, vulnerável e por isso o Dwayne teve de ir contra o registo habitual de garanhão e cheio de força. E isso foi muito divertido. Via-se que ia resultar. A personagem do Kevin Hart é um jogador de futebol americano enorme que depois fica preso dentro dum corpo pequeno e isso também resultou muito bem. Para além disso, a minha personagem Bethany, é a miúda mais popular e bonita da escola. E isso, para mim, funcionou bem; Sei como deve ser uma boazona. Não sei porquê mas sinto isso dentro de mim. Está na minha caixa de ferramentas!

Kevin Hart: Para a minha personagem, quando és aquele tipo atlético, sentes-te confortável com essa posição e não fazes um grande esforço. Depois ele acaba por se transformar em mim: um homem muito pequeno! Tudo o que ele pensava não ser. Há uma mudança, uma reversão no papel do que ele era na vida real e como fica no jogo. Ele era grande e duro mas no jogo é pequeno e não tão duro assim e já não consegue fazer tudo o que fazia antes. O tipo que ele estava a colocar numa posição comprometedora (Spencer) torna-se o oposto dele mesmo (Bravestone) o que não assenta bem com Fridge.

Karen Gillan: Aquilo que me atraiu na Martha foi a possibilidade de ser uma rapariga fechada e introvertida, atípica, presa num avatar duma miúda que se presume ser auto-confiante e forte. Forçar a Martha a habitar num corpo e em última instância, numa maneira de ser como aquela é uma grande tarefa para ela como pessoa. Gostei disso também porque me sinto um pouco atípica como pessoa. Normalmente faço personagens fortes e tenho de esconder a minha personalidade fora do vulgar mas aqui pude abraçá-la.

O que é que acontece a estas personagens
Jack Black: São sugadas para o universo do jogo e para as selvas de Jumanji. É tudo o que se pode esperar – um paraíso, lindo mas também perigoso e cheio de predadores. Não apenas leões, tigres e ursos mas versões geradas estilo jogo de computador dessas bestas. Como um jogo, tens um número limitado de vidas. Mas aqui, caso percas todas as vidas morres no jogo e na vida real.



E esta história permite às personagens e aos espetadores ver mesmo o mundo de Jumanji…
Jack Black: No clássico de 1995 com Robin Williams, vemos o miúdo, Alan Parrish, entrar no jogo. É sugado para dentro dele e depois corta para 25 anos depois e ele irrompe de dentro do jogo com a Kirsten Dunst presente e já é um homem adulto louco e selvagem. Sobreviveu todos estes anos nas selvas de Jumanji, mas nunca as vemos, provavelmente porque não têm o orçamento ou efeitos especiais capazes de as reproduzir. Porém, em 2017, temos as ferramentas e o orçamento e podemos dar-lhes vida e elevar o franchise a outro patamar. Foi o mais incrível neste projeto – que podíamos entrar naquele mundo, nas selvas de Jumanji que são mais uma das personagens do filme.

Gostavas do original, Karen?
Karen Gillan: O filme original do qual gosto tanto e que ocupa um cantinho especial na minha infância. Lembro-me de o ver e foi um dos primeiros grandes e espetaculares filmes de aventura e ação que vi e lembro-me de ter adorado. Adorei o Robin Williams e a Kirsten Dunst no filme. Foi super-fixe!

O que achaste dos duplos e da ação no filme?
Karen Gillan: Existem tantas acrobacias incríveis no filme. Temos dragões e motas, perseguições intermináveis na selva, trepando árvores, e é tudo tão rápido. É excitante de assistir. Temos pessoas a saltar de cascatas muito altas. E também sequências de luta e de animais ferozes a lançarem-se para nós de todas as direções. É uma experiência emocionante e cheia de ritmo.

Nick, conhecias o original?
Nick Jonas: Era um grande fã do original e foi uma parte importante da minha infância. Por isso quando soube que iam fazer um novo Jumanji fiquei entusiasmado. Depois ao ler o argumento percebi que estava recheado de tópicos importantes e coisas atuais, que as pessoas precisavam de ouvir. Estamos tão focados nos nossos smartphones, de cabeça para baixo, que se tirarmos um minuto para olhar à nossa volta vemos o mundo duma forma completamente diferente. O filme é hilariante e está cheio de performances de comédia excepcionais. Mas também a ação está num nível superior. Foi para além do que esperava e a mensagem é fantástica: sobre abrir os olhos, ver o que se está a passar e aproveitar o momento.

[Entrevista originalmente publicada na revista Metropolis nº56, Dezembro 2017]

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