O streaming Apple TV+ estreia hoje, 5, a terceira e última temporada de «Dickinson», a série inspirada na vida da poetisa Emily Dickinson.
A Guerra Civil Americana é um dos temas em destaque na última de temporada de «Dickinson», que aborda uma das fases mais inspiradas de Emily Dickinson (Hailee Steinfeld), quando ela escrevia um poema por dia. Com a morte a bater à porta, e famílias divididas, a arte de uma das referências da literatura norte-americana atinge o seu expoente máximo. Da mesma forma, também as interações entre o seu núcleo mais próximo testam todos os limites.
Austin (Adrian Enscoe) anda na má vida, enquanto em casa Sue (Ella Hunt) está na reta final da sua gravidez e Lavinia (Anna Baryshnikov) repensa as suas prioridades. A mãe de Emily (Jane Krakowski) chora uma morte e o seu marido Edward (Toby Huss) mostra uma posição mais assertiva do que nunca. Todos caminham para algum lado, levados pelo argumento, mas parecem não sair do mesmo sítio – o choque é inevitável. A ficção cria uma discussão inspirada pela base real da narrativa: seria união geográfica da família Dickinson a consequência de um pai castrador?
A Morte (Wiz Khalifa), essa, está mais presente do que nunca, com a imensidão de mortes como consequência da Guerra Civil. Terá o confronto razão de ser? O que se pode fazer para o travar? De que lado está a razão? Mais do que respostas, a série mostra como é importante questionar e perceber, tanto quanto possível, a história e os sentimentos que Emily quis passar, assim como a realidade norte-americana da época.
Se o drama alcança a sua fase crucial com a temporada de despedida, também a história de Emily termina a sua viagem e traça uma nova perspetiva sobre a poetisa e a sua poesia. As palavras têm agora significados diferentes, e mais complexos, do que poderiam ter numa leitura mais apressada, as pessoas da sua vida assumem papéis mais destacados e o ciclo completa-se.