Filme normativo, interpretação gigante. O filme é de Joe Wright, cineasta que nos últimos anos terá perdido o gás. E é normativo porque a dada altura perde a teatralidade no gesto de incorporar os factos históricos da ascensão de Churchill em plena Segunda Grande Guerra. «A Hora Mais Negra» fica muito, muitíssimo arrastado, pese embora ser sempre uma obra que aposte num cerimonial vistoso. Quanto à interpretação, referimo-nos a Gary Oldman, incrível como Churchill, sobretudo quando dá uma garra muito própria fora dos cânones.

Para além de Oldman, o que fica de «A Hora Mais Negra» é um argumento que sobre as palavras certas. Isso e um aperfeiçoamento de encenar procedimentos teatrais, coisa que o melhor cinema de Wright sempre soube fazer.
Rui Pedro Tendinha

Título original: Darkest Hour Realização: Joe Wright Elenco: Gary Oldman, Lily James, Kristin Scott Thomas. 125 min. Reino Unido/EUA, 2017

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