A Hora dos Campeões: Uma Nova Era

A Hora dos Campeões: Uma Nova Era – Review

A Hora dos Campeões: Uma Nova Era – Review

A nostalgia invade o streaming do Disney+ com o spin-off «A Hora dos Campeões: Uma Nova Era», que traz Emilio Estevez num dos seus papéis mais populares, Gordon Bombay. Conheça a opinião da Metropolis, que teve acesso aos primeiros três episódios.

Devo confessar que a minha relação com «A Hora dos Campeões: Uma Nova Era» começou com o pé esquerdo. Tudo porque, para protagonizar e produzir a série, Lauren Graham teve de abandonar o elenco de «Zoey’s Extraordinary Playlist». A atriz encabeça o elenco jovem da série, a par de Emilio Estevez, que recria a personagem a que deu vida em «A Hora dos Campeões» (1992), «D2: The Mighty Ducks» (1994) e «Campeões Imparáveis» (1996).

Ao contrário do que acontecia no filme de 1992, os Ducks são agora uma equipa forte e competitiva: e todos os adolescentes que gostam de hóquei no gelo tentam integrar o conjunto. Mãe solteira num mundo de famílias perfeitas, Alex (Lauren Graham) tem de se esforçar mais do que toda a gente para provar o seu valor como profissional e como parente. Sobretudo quando o filho Evan (Brady Noon) é rejeitado dos Ducks, e Alex procura arranjar um plano alternativo, assumindo o desafio hercúleo de criar uma equipa juvenil da estaca zero.

A Hora dos Campeões: Uma Nova Era

À procura de um campo, acaba por se cruzar com Gordon Bombay (Emilio Estevez), agora caído no (auto) esquecimento e responsável pelo Ice Palace: um espaço de patinagem onde deixa bem claro o seu ódio por hóquei. Um encontro estranho para o espectador que assistiu à trilogia e viu a paixão, tardia, com que Gordon se dedicou ao hóquei no gelo.

Apesar de ser uma série tendencialmente direcionada para o público infantojuvenil, «A Hora dos Campeões: Uma Nova Era» respeita também os fãs dos filmes, homenageando ou relembrando frequentemente passagens da narrativa dos anos 90. Além disso, tem a capacidade de reinventar Gordon, uma personagem aparentemente resolvida, e de lhe criar novos desafios – realçando, ainda assim, a forma como o passado o moldou. Por exemplo, a valorização do trabalho de equipa em oposição à sede de vencer, com que iniciou «A Hora dos Campeões» (1992).

Estamos perante uma série cómica e leve que, sem grande aparato, tem a capacidade de apresentar um conflito sustentável que vai evoluindo de episódio para episódio. E, mesmo que se antecipe os próximos acontecimentos, a viagem até lá faz por valer a pena. Não é apressada, os diálogos e as interações são elaborados, e as personagens, mesmo que simples, representam temas complexos. A exigência dos pais “perfeitos”, o convite à desistência por não se ter um talento fora do normal ou a vida profissional presa numa rotina de exploração são alguns dos tópicos explorados pela trama. No centro, já sabemos, uma equipa juvenil destinada a fracassar…

«A Hora dos Campeões: Uma Nova Era» tem estreia marcada para hoje, 26, no Disney+.