Elogiado sobretudo pela beleza contemplativa que emana dos enquadramentos oblíquos, dos planos longos e paisagens maravilhosas, «A Assassina» (2015) – filme que valeu a Hou Hsiao-hsien o prémio de Melhor Realizador em Cannes 2015 – não se pode reduzir a um mero exercício de estilo. É verdade que a estrutura labiríntica do enredo, assente em intrincados laços familiares e/ou de dependência, assim como os diálogos esparsos e elípticos podem dificultar o trabalho do espectador que, alheado da história, facilmente se deixa seduzir por pormenores visuais, sem dúvida deslumbrantes, mas que a todo o momento ameaçam ofuscar o dilema moral pungente da protagonista. Vale por isso a pena ver pelo menos duas vezes.

A Assasina
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